Governo enrola e arrasta ratificação do acordo fechado em abril. Trabalhadores esperam resposta até esta sexta (30)

Centenas de professores das escolas públicas do DF realizaram nesta quinta-feira (29) ato público, na Praça do Buriti. A categoria cobra o cumprimento do acordo fechado com o governo em abril deste ano. Por intermédio da deputada distrital Rejane Pitanga (PT), foi anunciado durante o ato que representantes do Sinpro – sindicato que representa a categoria – seriam recebidos no Palácio do Buriti ainda hoje. No encontro, o governo se posicionará sobre o cumprimento da promessa.

Em reunião realizada na quarta-feira (28) com o Comando de Negociação do Sinpro, o governo afirmou que ainda não havia finalizado os estudos de impacto orçamentário para implementar as reivindicações dos professores. “Desde abril este acordo está acertado. Em cinco meses eles ainda não conseguiram finalizar os estudos?”, questiona a Rosilene Corrês, coordenadora do Sinpro. No encontro, o governo pediu mais um mês para concluir as negociações. “Nosso prazo termina hoje (30). Depois disso é luta”, afirmou Rosilene.

“Nós fizemos a nossa parte. Agora cabe ao governo fazer a dele”, disse a coordenadora do Sinpro e da CUT-DF, Maria Augusta. O presidente da CUT-DF, José Eudes, também esteve presente ao ato. Para ele, uma resposta do governo é importante para iniciar o próximo ano letivo sem expectativa de greve. “Há uma promessa de solução, mas a demora é grande”, avalia.

Para encaminhar a luta da categoria, o Sinpro indica uma assembleia para o dia 18 de outubro. A categoria reivindica o cumprimento de pontos como o projeto de Gestão Democrática, que deveria chegar à Câmara Legislativa até o dia 30 de junho e até o momento não foi encaminhado. O Plano de Saúde também foi um dos pontos esquecidos pelo GDF. O benefício deveria ser apresentado aos servidores no dia 30 de julho. Preocupa também a morosidade na condução das discussões sobre o Plano de Carreira, que deverá ser encaminhado à Câmara até o dia 30 de setembro.

Outra questão que demanda solução é a convocação de concursados para minimizar a crônica carência de professores em sala de aula. Além de comprometer o desempenho pedagógico dos alunos, a não contratação ainda impede que educadoras possam usufruir da licença-prêmio e da redução de 20% na carga horária da regência de classe, conquistas legítimas da categoria.

Solidariedade

O ato público dos professores contou com a presença dos bancários, que deflagraram greve na última segunda-feira (26). A intenção do Sindicato dos Bancários de Brasília é unificar a luta de todas as categorias para fortalecer as ações da classe trabalhadora e ter mais chances de garantir a vitória.

(CUT-DF)