Nos oito setores e cinco regiões analisados, as expectativas de admissão são positivas. Os resultados são puxados pela administração pública e pela educação, com projeção líquida de contratação de 54%. A cifra reflete o aumento de vagas abertas por meio de concursos públicos. Apenas nos 8 anos da gestão Luiz Inácio Lula da Silva, o número de servidores em atividade aumentou 160,6 mil.
Na área de finanças, seguros e imobiliário, a expectativa de contratação é de 49%. Nos setores de transportes e serviços públicos, os índices são de 45% e 43%, respectivamente. A construção, por sua vez, registra estimativa de 41% — apenas na engenharia, a necessidade de profissionais deve superar em 20% a disponibilidade. Já entre os empregadores dos comércios atacadista e varejista, a diferença entre as projeções de admissão e desligamento é de 35%.
Na análise entre os estados, Minas Gerais reporta a expectativa mais forte, de 41%, seguido por São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, com índices de 40%, 39% e 36%, respectivamente. Na avaliação de Riccardo Barberis, presidente da Manpower Brasil, os resultados refletem o amadurecimento das oportunidades de negócios no país, a despeito das instabilidades internacionais. Entre os principais motivos está a realização de competições mundiais, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. “O Brasil tem atraído investidores de longo prazo. E a confiança é de que a economia mantenha um desenvolvimento sustentável”, afirmou Barberis. Na comparação com outros países, logo atrás do Brasil, destacam-se Taiwan e Cingapura, com índice líquido de contratações de 37% e 30%, respectivamente.
Cortes lá fora
Nos Estados Unidos, onde o desemprego atinge 9% da população, apenas 7% dos empresários esperam contratar. Na Zona do Euro, a situação é ainda pior. Em países como Grécia, Itália e Espanha, os empresários pretendem demitir em massa. Nesses locais, 13%, 10% e 1% das companhias, respectivamente, planejam cortar seus quadros. “De uma maneira geral, o ritmo de admissões para próximo trimestre está moderado”, disse Riccardo Barberis, presidente da Manpower Brasil.
(Cristiane Bonfanti, Correio Braziliense)
