Os trabalhadores e trabalhadoras da Neoenergia Brasília decidiram, em assembleia realizada nesta sexta-feira (29), aprovar a proposta final apresentada pela empresa. A decisão aconteceu após pressão dos eletricitários o que fez a direção da Neoenergia avançar na contraproposta do Acordo Coletivo de Trabalho.
Desde o início das negociações, a Neoenergia havia sinalizado a retirada de benefícios e cláusulas históricas, como a que garante cinco dias de folga anuais. Porém, a pressão da categoria conseguiu reverter esse cenário. A cláusula foi mantida, com a garantia de dois dias de folga para serem gozados em 2025. Além disso, a indenização inicialmente proposta pela empresa – de R$ 800,00 por dia – foi elevada para R$ 1.200,00. No total, os trabalhadores receberão uma indenização de R$ 3.000,00 ainda em dezembro deste ano e mais R$ 600,00 em dezembro de 2025.
Outros avanços também foram conquistados, como o reajuste do piso salarial dos eletricistas, que passou a ser de R$ 1.922,00, além de um realinhamento salarial para esses profissionais. Já o desconto do tíquete-alimentação, que era de 2%, será reduzido para 1,5% em dezembro de 2024 e para 1% em novembro de 2025, aliviando o impacto no orçamento dos trabalhadores. Em complemento a proposta, restou combinado o compromisso da empresa em realizar o enquadramento dos salários dos Eletricistas
Apesar de reconhecer que a proposta aprovada não trouxe conquistas expressivas, o STIU-DF destacou o fortalecimento da organização coletiva como o maior saldo desse processo. “Chega de retirada de benefícios, chega de retirada de direitos. Daqui para frente, com a organização dos trabalhadores e trabalhadoras e do sindicato, a pauta será sempre de avanços”, afirmou João Carlos, diretor do STIU-DF.
O sindicato reitera o seu compromisso com a luta por melhores condições de trabalho e valorização profissional, destacando que a organização coletiva é essencial para garantir que os próximos acordos tragam ganhos ainda mais significativos para os trabalhadores e trabalhadoras da Neoenergia Brasília.
Veja a íntegra da proposta ao ACT: