Nenhum apelo, nenhuma manifestação, nenhum comunicado. Nada foi suficiente para demover os propositores da reforma do Comitê de Investimentos da Fundação Real Grandeza. Nem para reavaliar, negociar ou discutir. O recado está claro: Rodrigo Sória e Ricardo Nogueira não terão limites para “fazer o que tiver que ser feito”. Se sentem absolutos e inatingíveis.

A exclusão dos representantes de ativos e aposentados do Comitê de Investimentos da Fundação Real Grandeza é um sintoma de doença grave. A substituição por “agentes de mercado sem vínculo previdenciário com a FRG” agrava ainda mais o quadro.

Rodrigo Sória é representante da Eletrobras, se presta ao papel de defender os interesses da empresa sem nenhum pudor e teve seu mandato estendido para no apagar das luzes mudar tudo o que fosse possível. Provavelmente quer se garantir na empresa após a privatização e presta esse papel para mostrar serviço. Ao longo da nossa trajetória vimos bajuladores de todas as espécies, mas Sória se supera e tenta oferecer sua condição de presidente do conselho deliberativo da Fundação Real Grandeza ao bel-prazer dos banqueiros da Eletrobras. Chega a ser nojenta essa atitude.

E ainda se gaba disso, diz aos seus “donos” que não teme os sindicatos e as associações. Pois saiba, Sr. Rodrigo Sória que nós já enfrentamos adversários muito mais fortes e preparados que você. E no final a Fundação Real Grandeza venceu. Em breve você passará.

E o que falar sobre Ricardo Nogueira? Um conselheiro eleito pelos aposentados agindo como massa de manobra da empresa? Ricardo é conselheiro da Após-Furnas e se presta ao papel entreguista de defender a exclusão dos donos da FRG do Comitê de Investimentos? Se não podemos sequer contar com um conselheiro eleito na Fundação Real Grandeza, contaremos com quem? Francamente! É o voto mais arrependido da nossa história!

Cabe registrar que os outros conselheiros eleitos Agildo Meireles e Felipe Araújo votaram contra a proposta e fundamentaram bem o posicionamento contrário ao golpe no CIRG.

Agildo, aliás, enfrentou com bravura os propositores, fez registros firmes em ata e os responsabilizou por problemas que possam ocorrer no futuro por conta desse cavalo de pau. Apesar dos apelos de Agildo, Rodrigo Sória sempre esteve tranquilo e inabalável, pois tinha o apoio e voto de Ricardo Nogueira.

Sobre o CIRG, senhoras e senhores, ainda não acabou. Iremos a todas as instâncias possíveis, cobraremos dos novos conselheiros indicados pela Eletrobras (Caio Pompeu e Luiz Eduardo) a revisão deste golpe. Cobraremos do Conselho Fiscal rigor na avaliação da proposta. Ainda teremos embates duríssimos pela frente. Não existe segurança jurídica para golpe!

Mas acreditem! O pior mesmo é que isso não é tudo. O conselho deliberativo mais perdido, despreparado e entreguista em mais de 50 anos de história da nossa FRG tratava da “reforma do CIRG” com outra ameaça gigante rodando a Fundação.

A Eletrobras privada, em sua sanha de destruir tudo e de tomar conta do NOSSO patrimônio comunicou na semana passada ao Conselho Deliberativo da FRG que vai criar um “novo fundo de pensão” e quer resposta do Conselho se tem interesses em participar deste golpe que visa incorporar a FRG e demais fundos de pensão do grupo. A Eletrobras exige resposta em tempo curto e ameaça cindir os planos da Fundação Real Grandeza para levar para a tal nova estrutura. Golpe de misericórdia!

O movimento representa de fato o fim da nossa Fundação Real Grandeza como Entidade Fechada de Previdência Complementar. E é impossível não associar o reformismo do CIRG e outras medidas em curso por este conselho entreguista para preparar o nosso patrimônio de modo que seja entregue de bandeja aos lobos sorrateiros da Eletrobras.

Estamos diante das maiores ameaças e ataques ao nosso futuro, nossos complementos de aposentadoria e pensão. Querem destruir a Fundação Real Grandeza e já sabem que podem contar com a maioria dos votos do conselho deliberativo.

Não temos mais tempo a perder. Ou nos organizamos para resistir e virar este jogo ou seremos esmagados, humilhados. É chegada a hora de multiplicar a todos os conhecidos o que de fato está em jogo. Hora de organizar a luta contra o fim de tudo! É o futuro da minha, da sua, da nossa complementação de renda. Nó vamos lutar para resistir, mas precisamos de mais gente, de mais força! Vamos à luta!

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!