A negociação do último Acordo Coletivo de Trabalho foi muito difícil. Em diversos momentos a Eletrobras deixou claro que as pessoas que construíram a grande Eletrobras não passavam de números, e não mais bem vistos dentro da empresa, ignorando totalmente a história e o perfil altamente qualificado dos profissionais. Por isso, a oferta de um Plano de Desligamento era um ponto fundamental para garantir um mínimo de dignidade às pessoas.
Inscrições encerradas, a falta de transparência com o número de adesões, e a surpreendente decisão de desligar de forma abrupta a maioria das pessoas trabalhadoras é algo estarrecedor. Apesar de o Código de Conduta da Eletrobras afirmar o compromisso com o respeito aos direitos humanos, igualdade e dignidade, lamentamos que a prática observada nesta situação tenha se distanciado dos princípios tão claramente estabelecidos pela própria empresa.
O Código de Conduta declara que “nossos profissionais são tratados com respeito e cordialidade, valorizando a diversidade social e cultural e as diferenças individuais” e que as relações de trabalho devem ser baseadas na confiança mútua, cooperação e solidariedade. No entanto, a maneira como os desligamentos foram conduzidos contradiz diretamente essas diretrizes, expondo as pessoas a um processo que não respeitou seu tempo de reação, tampouco ofereceu um suporte adequado para lidar com a transição.
Além disso, o compromisso com a transparência e a clareza das decisões da empresa também foi violado. Não houve a comunicação clara e oportuna que o código preconiza, gerando insegurança e frustração em muitos trabalhadores que foram surpreendidos com a decisão sem tempo suficiente para uma adaptação justa e humana. Isto quando a decisão da gestão não foi contrária às indicações dos gestores que vivem o dia a dia da Empresa.
Neste cenário, reconhecemos o impacto profundo que essa ação gera em cada um. E é importante destacar que a decisão da empresa afeta tanto quem sai abruptamente quanto quem permanece na equipe, criando um ambiente de sofrimento e incertezas. Isso também pode gerar prejuízos aos processos em andamento, que se quer foram adequadamente transferidos.
O sindicato tem se colocado como a única entidade a realmente atuar em defesa dos direitos e da dignidade da categoria, oferecendo acolhimento, orientação e suporte. Reiteramos que o sindicato está à disposição para auxiliar neste momento delicado, fornecendo apoio, direcionamento e amparo legal.
Caso você deseje o amparo legal, especificamente, basta encaminhar o Termo de Rescisão de Contrato, o último contracheque, as guias de FGTS e o extrato de FGTS para o e-mail juridicodostiudf@gmail.com. Ou, entre em contato com nosso jurídico pelo WhatsApp (61)99281-4314.
Condenamos o desrespeito ao próprio Código de Conduta da Eletrobras e reforçamos nosso compromisso de lutar por um tratamento justo, transparente e humano para todos(as) os(as) trabalhadores(as).