Ao abandonar a mesa de negociação no dia de ontem, a Eletrobras frustrou as expectativas criadas junto aos trabalhadores e trabalhadoras. A terceirização da mesa de negociação está em linha com a política atual da gestão privada, de terceirizar ao máximo o que pode e escantear a prata da casa. Longe de valorizar o processo de negociação.

No entanto, essa política não está em linha com o que a própria empresa persegue: ser Green Major sob 04 diretrizes estratégicas que convergem para gerar, continuamente, mais valor aos acionistas, aos clientes e à sociedade em geral. Esquece que faz parte dos ditos stakeholders, dois agentes importantes: o Governo e os trabalhadores e trabalhadoras.

Ao não dialogar diretamente com a categoria, se demonstra que a prática não condiz com a realidade. A diferença é que não somos as Lojas Americanas, somos a maior empresa de energia elétrica da América Latina. A precarização dos nossos serviços coloca o Brasil no escuro. Parece que a gestão privada da Eletrobras quer transformar o Brasil no estado de São Paulo.

Quando o VP literalmente correu da reunião, ficou claro o porquê. Para não ter que fazer o trabalho sujo. Mas também para não ser exposto às contradições entre o que cabe ao quadro técnico e o que cabe à alta direção. Uma proposta negativa e inconstitucional para a categoria, enquanto a média salarial mensal da alta direção fechou o ano de 2023 em mais de R$ 650mil/mês.

É importante informar que a Eletrobras apresentou uma proposta para as entidades sindicais, encaminhou por e-mail outra (complementada após cobrança do CNE) e aos trabalhadores e trabalhadoras uma terceira. Talvez seja uma estratégia de negociação, mas isso não condiz com o selo de embaixadora da transparência que hoje a Eletrobras carrega.

Por trás de um texto amigável, tentam manter o clima de apreensão sobre os trabalhadores e trabalhadoras. Para quem queria trabalhar com fatos e dados, a realidade foi outra, decepcionante. A categoria não deve cair em fake news, fiquem atentos(as) às convocatórias de suas entidades.

ELETRODIGNIDADE: POR RESPEITO E VALORIZAÇÃO DO(A) TRABALHADOR(A)!