A primeira rodada de negociação demonstrou ser um verdadeiro corre corre. Literalmente, o VP de Gente correu da negociação ao terceirizar o processo, contratando um escritório externo para negociar. Isso demonstra a total falta de empatia e de respeito com a categoria.

De mais de 130 cláusulas existentes entre acordo nacional, específicos e termos de compromissos, a apresentação inicial da empresa se resumiu a 39 cláusulas ao todo, com alterações substanciais em 10. Chocha, anêmica, frágil, inconsistente, assim foi a proposta, que inclui redução salarial dos hiposuficientes (aqueles que ganham até R$ 15.572,04) em algo ao redor de 12,5%. Como não se referiram aos hipersuficientes,  é de se esperar que o assedio moral virá por aí.

Redução de salário é inconstitucional! Se receber qualquer oferta, entre em contato imediatamente com seu sindicato e denuncie ao Ministério Público de sua localidade!

Precarização no plano de saúde – com suposto ganho aos beneficiários, gratificação de férias conforme a CLT, retirada do ticket natalino e até proposta de práticas antisindicais permearam a primeira rodada de negociação.

Ao colocar que o ACT precisa estar aderente aos custos da companhia, a alta direção demonstra que a preocupação com os custos se restringe a atingir diretamente o seu maior ativo, seus trabalhadores e trabalhadoras, em completa desarmonização com a expectativa criada pelas comunicações formais feitas pela própria Eletrobras. Enquanto a redução da folha para os trabalhadores e trabalhadoras foi de 33% no último ano, o aumento para a alta direção foi de 37% no mesmo período.

ELETRODIGNIDADE: POR RESPEITO E VALORIZAÇÃO AO(À) TRABALHADOR(A)!

É importante que a alta direção entenda que não é possível construir uma grande empresa sem reconhecer e valorizar aqueles que a construíram. A privatização atípica da Eletrobras, em que um pequeno grupo de acionistas se apropriou da maior empresa de energia elétrica da América Latina, não pode resultar em uma proposta desrespeitosa como a apresentada.

O respeito se dará a partir da mobilização e conscientização da categoria. A pesquisa feita pelo CNE, deixou claro que a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras espera o reconhecimento de seu trabalho, e que estão desiludidos com a gestão atual.

A Eletrobras quer ir para frente mas não quer olhar o retrovisor. Somente a mobilização poderá resgatar o respeito devido. Fiquem atentos à convocatória da sua entidade sindical!

SE VOCÊ NÃO SE INDIGNAR, A MUDANÇA NUNCA CHEGARÁ!