A Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional – ENBpar foi criada a partir da privatização da Eletrobras – determinada por Jair Bolsonaro e executada pelos ex-ministros Paulo Guedes – ME e Bento Albuquerque – MME.

Como é do conhecimento de todos, a privatização da Eletrobras teve à frente do processo a ex-secretária-executiva  do MME Marisete Fátima Dadald Pereira – aquela de princípios éticos “sólidos” que vendeu a Elétrica com uma mão e com a outra foi buscar uma vaguinha milionária no atual Conselho de Administração da Eletrobras Privada – conselho este,  formado por personalidades que conduziram a privatização e executaram o maior crime de lesa-pátria praticado contra a sociedade brasileira – vide matéria publicada pelo site ocafezinho.com de 06/12/2023: https://www.ocafezinho.com/2023/12/06/bomba-audios-revelam-o-golpe-de-acionistas-minoritarios-na-privatizacao-da-eletrobras/

Graças aos novos e bons ventos democráticos que sopraram na nação em outubro de 2022, o povo brasileiro decidiu pelo encerramento do governo antidemocrático de Jair Bolsonaro e elegeu mais uma vez o grande estadista Luiz Inácio Lula da Silva, ávidos por imprescindíveis mudanças da condução do país e desejosos pela implementação urgente de políticas públicas para a melhoria das condições de vida e reconstrução de tudo que foi destruído pelo desgoverno anterior, sobretudo nas áreas sociais, ambientais e econômicas.

Em quase 1(um) ano de atuação, o governo LULA já fez muito em todas as áreas e a população começa sentir os efeitos das mudanças que vem sendo implementadas pelo presidente Lula e por todos aqueles que fazem parte da sua administração.

Como a administração federal é muito grande e nem tudo está sob o controle daqueles que estão no andar superior do governo, alguns problemas preexistentes passam despercebido e ficam pipocando na imprensa e nos meios políticos, trazendo por consequência dissabores e desconfortos para o governo Lula.

No dia 09/12/2023, o Jornal Metrópole, sediado na capital federal, divulgou reportagem com a seguinte chamada: “Ex-chefe de gabinete de Salles trabalha em estatal do governo Lula, informando que o bolsonarista ocupa o cargo de Superintendente de Planejamento Econômico-Financeiro e Controladoria da ENBpar, tendo sido contratado em 2022 pelo atual Diretor Financeiro da ENBpar, Senhor Armando Casado. Inacreditável e inaceitável que o braço direito do maior representante do “bolsonarismo”, Ricardo Salles, trabalhe em um cargo estratégico de uma empresa pública do Governo Lula.

O Senhor FABIO EIDI TAKAHASHI, antes de ocupar o cargo de Superintendente de Planejamento Econômico-Financeiro e Controladoria da ENBpar ocupou o cargo comissionado de Chefe de Gabinete do Ministro de Meio Ambiente MMA – Ricardo Salles, aquele famoso bolsonarista que defendeu “passar uma boiada de regras infralegais por cima das questões ambientais”, aproveitando o momento de caos provocado pela crise Covid-19.

Se não bastasse ser um bolsonarista de carteirinha, o nome do senhor FABIO EIDI TAKAHASHI (indicado para a ENBpar pelo atual Diretor Financeiro Armando Casado de Araújo e pela mãe da privatização da Eletrobras e ex-MME Marisete Dadald), apareceu “inexplicavelmente” na listagem para receber o Auxílio Emergencial de R$ 600,00 (mensais), conforme consta nos registros do benefício que foi instituído para socorrer pessoas carentes e desempregadas. 

Diante do fato narrado entendemos que os dirigentes da ENBpar devem responder as seguintes questões:

  • Como a ENBpar executará as políticas do novo governo, principalmente as voltadas para a universalização da energia para as regiões isoladas, se mantém bolsonaristas à frente dos seus processos e projetos estratégicos.
  • Como será possível reconstruir o Brasil, se agentes que contribuíram para a sua destruição foram mantidos em posições estratégicas no atual governo?
  • Quais foram os critérios utilizados para escolher os guardiões dos cofres e do planejamento financeiro da ENBpar?

O Coletivo Nacional dos Eletricitários – CNE repudia veementemente a contratação do senhor FABIO EIDI TAKAHASHI para ocupar cargo estratégico na ENBPar e exige imediatamente a sua exoneração, já que a presença deste senhor na empresa compromete a credibilidade da mesma enquanto empresa pública do governo Lula. É preciso entender de uma vez por todas, que estamos no governo Lula, que é antagônino ao governo de Jair Bolsonaro, e que, portanto, não tem cabimento a manutenção deste senhor em cargo estratégico da ENBPar. É uma ingenuidade, sem limites, e que pode trazer derrotas e fracassos futuros para a ENBPar e até para o governo Lula.

Senhores diretores da ENBPar, não sejam omissos. Exoneração do senhor Fabio Eidi Takahashi, já!