Durante três dias, dirigentes sindicais de vários estados do país se reuniram em Brasília para participarem do 11º Encontro Nacional dos Urbanitários – ENU. A atividade, que teve início na quarta-feira dia 12, teve como objetivo debater a conjuntura econômica e política do Brasil, a situação das empresas públicas privatizadas e em processo de privatização, bem como, ampliar a discussão sobre o futuro do movimento sindical.
Representando a Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU) e o Sindicato dos Urbanitários no DF (STIU-DF), Fabíola Latino Antezana, compôs a mesa que debateu as privatizações e a reestatização da Eletrobras.
Para Fabiola, a reestatização da Eletrobras é justa e necessária para resgatar a soberania do Brasil. “Não existe transição energética sem o controle dos reservatórios, não adianta aumentar a bolsa família se no fim, a família tiver que escolher entre comprar comida e pagar a conta de luz que só aumentará se não se resgatar a Eletrobras para o povo brasileiro”.
Recentemente, o presidente Lula deu declarações sobre a privatização da Eletrobras. Ele disse que a entrega da estatal foi quase uma “bandidagem”. A pedido da presidência, a Advocacia-Geral da União (AGU) iniciou um estudo do que pode ser feito juridicamente para questionar pontos da privatização da Eletrobras.
No encontro, os mais de 100 delegados e delegadas discutiram ainda sobre o empoderamento das mulheres e da diversidade nos movimentos sindical e popular, sobre a renovação das Concessões das distribuidoras de energia, o fortalecimento da Negociação Coletiva e Atualização do Sistema Sindical, bem como, os ataques aos planos de previdência complementar realizados pelas empresas privatizadas e a aposentadoria especial e representação dos trabalhadores terceirizados e de novas fontes de energias.
Ao final da atividade, os participantes do 11⁰ ENU definiram diretrizes de luta para o ramo urbanitário, incluindo os setores de Energia, Saneamento, Gás e Meio Ambiente.
Além da presença de parlamentares, o Encontro Nacional dos Urbanitários contou com a participação de representantes da CUT Nacional, da CTB – Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil, do MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens, do Instituto Ilumina, do ONDAS – Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento, dentre outros.