Deputados de partidos de esquerda lançaram nesta quarta-feira (22), no Auditório Freitas Nobre na Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar Mista Pela Reestatização da Eletrobras. Sob iniciativa dos deputados federais Alencar Santana (PT-SP), um dos vice-líderes do governo Lula na Câmara, e Erika Kokay (PT-DF), o objetivo é ampliar a discussão sobre a retomada do controle acionário da empresa pelo governo federal e garantir ao povo brasileiro segurança energética.

Para isso, a Frente Parlamentar já coletou mais de 200 assinaturas de apoiamento de deputados e senadores e a inciativa ganha força com as recentes declarações do presidente Lula considerando a privatização da Eletrobras um “crime de lesa pátria”, “quase uma bandidagem”. Movimentos populares, entidades sindicais e trabalhadores da Eletrobras também apoiam a decisão.

Lula reforçou nesta semana que vai lutar na justiça para que o governo volte a ter poder na Eletrobras e para que a maior empresa de energia elétrica da América Latina volte para o povo brasileiro.

Em linha com o quórum de presentes, pelo menos 20 parlamentares ou seus representantes passaram pelo local registrando presença, discursando e apoiando a Frente. Além de Alencar Santana e Erika Kokay, participaram os deputados João Daniel (PT/SE), Glauber Braga (PSOL/RJ), Lindbergh Farias (PT/RJ), Odair Cunha (PT/MG), Patrus Ananias (PT/MG) e Pedro Uczai (PT/SC), que formam o grupo de subcoordenadores.

Também estiveram presentes no lançamento da Frente os deputados Marcio Jerry (PCdoB/MA), Samia Bonfim, Ivan Valente e Chico Alencar (PSOL), Leônidas Cristino (PDT), Antônia Lúcia (Republicanos) e Elton Welter, Elvino Bohn Gass, Fernando Mineiro, Reimont e Rogério Correia (PT). O Senador Rogério Carvalho (PT/SE) mandou representantes.

Entre falas fortes, palavras de ordem e encaminhamentos, os parlamentares reforçaram a importância da organização do Congresso Nacional sincronizada com as ações do governo pela retomada da Eletrobras. Também foram feitas severas críticas à direção da empresa que comanda um processo desenfreado de demissões ao mesmo tempo que concede aos diretores e conselheiros da Eletrobras, reajustes de salários de até 3750%.

Antes dos encaminhamentos, fizeram falas os representantes dos eletricitários, dos petroleiros, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e das centrais Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

Na próxima semana os coordenadores da Frente assumirão o compromisso de lançar a estrutura previamente definida, um plano de trabalho e um calendário de agendas que objetivam catalisar o processo de retomada da empresa.

O ato forte desta quarta mantém a pauta da reestatização da Eletrobras aquecida, no mesmo sentido das declarações recentes de Lula, Dilma, Gleisi e da Advocacia Geral da União (AGU). As próximas semanas serão decisivas pela discussão da Eletrobras e todos que estiveram no Auditório Freitas Nobre, certamente saíram com disposição e ânimos renovados para encarar muito trabalho pela frente.

Via https://vermelho.org.br/