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Os (as) trabalhadores (as) do Sistema Eletrobras mostraram nesta paralisação de 48 horas realizada dias 20 e 21 de julho em todo país que estão comprometidos com a luta por um ACT justo, que mantenha o nível de conquistas alcançadas nos últimos oito anos e que avance ainda mais em clausulas estratégicas para a categoria. O sucesso da nossa mobilização pode ser comprovado não somente pela adesão maciça dos trabalhadores (as), como também pela repercussão que teve em todos os órgãos de imprensa, com destaque para os jornais de circulação nacional, e os portais da internet especializados no setor de energia. Essa grande jornada de luta forçou a Direção da Eletrobras a retomar as negociações, com uma nova rodada de negociação do ACT 2011 dia 05 de agosto, em local ainda a definir.
O CNE em todos os momentos unificou o seu discurso na mídia, seja local ou nacional, expondo as contradições de um governo que foi eleito para dar continuidade ao projeto popular e democrático iniciado por Lula, mas que na prática se recusa a negociar em bases justas com os (as) trabalhadores (as), não reconhecendo, por exemplo, o direito ao ganho real, dentre outros itens de igual importância.
Questionamos também o poder quase imperial do DEST nesta negociação, que vem controlando todos os passos da Direção da Eletrobras, impedindo dessa forma uma negociação em outro patamar, de respeito ao pleito dos (as) trabalhadores(as).
A avaliação do CNE feita durante os dias 26 e 27 de julho, em Brasília, concluiu que a paralisação de 48 horas possibilitou a retomada das negociações com a direção da Eletrobras no dia 05 de agosto.
Encaramos esse 4º encontro de forma realista, pois sabemos das dificuldades ainda existentes, mas com a convicção de que a luta pelo ganho real é uma reivindicação justa, dado que a produtividade da Eletrobras também aumentou neste período.
Além da marcação de uma nova rodada de negociação conseguimos a prorrogação da data base até 15 de agosto.
A FNU neste período onde as negociações estiveram paralisadas enviou ofícios ao Ministério do Planejamento, Minas e Energia, Casa Civil e a Presidente Dilma Rousseff cobrando a retomada das discussões, como também argumentou sobre a importância das nossas reivindicações e o papel estratégico do setor de energia para continuidade do crescimento econômico e social brasileiro.
O CNE e os (as) trabalhadores (as) entendem que chegamos a um momento de definições, uma situação de impasse após 8 anos de uma interlocução mais próxima da empresa com os trabalhadores. Pois, se de um lado a categoria luta para avançar, do outro temos nas empresas, um quadro preocupante de indefinição dos cargos de Diretoria, o que gera uma imensa paralisia administrativa e uma luta política interna acirrada.
Isso faz com que o corpo diretor da empresa se comporte sem qualquer autonomia para uma negociação franca, e sujeita ao patrulhamento do Governo e de órgãos como o DEST e os Ministérios do Planejamento e Casa Civil. Todos reforçando o discurso conservador de que salário gera inflação, fato que todos nós sabemos que é uma mentira das elites.
Vamos nos manter em estado de mobilização, pois esta 4ª rodada se por um lado pode apresentar algum avanço, também pode ser uma repetição das reuniões anteriores quando nada foi apresentado de novo. A luta continua!

É preciso dar um bom exemplo

Os (as) trabalhadores (as) tomaram conhecimento que o Presidente da Eletrobras irá praticar a redução de “caixinhas” dentro do organograma da empresa, bem como a implantação do estudo de um Programa de Desligamento Voluntário da Eletrobras.
Para o CNE e a categoria é fundamental dar um bom exemplo antes de acabar com algumas caixinhas, anunciando aos trabalhadores(as) também que irá acabar com a farra da contratação de gerentes que não são prata da casa, a fim de abrir espaço para nosso competente quadro técnico.
Uma atitude definitiva deveria ser dada também ao quadro crescente de assessores esquecidos de gestões passadas, que abarrotam as dependências da empresa e que na sua maioria não fazem absolutamente nada.
Há anos os trabalhadores (as) solicitam a inclusão de um sistema de desligamento voluntário como política de recursos humanos, porém sempre ouvimos a mesma resposta, ou seja, que a implantação do sistema depende do famigerado DEST, que sempre recusou essa solicitação. Contudo, entendemos que muitas coisas precisam ser feitas antes de se pensar em oferecer o desligamento voluntário, como por exemplo, PLANO DE SAÚDE PARA OS APOSENTADOS.
Não podemos aceitar uma reestruturação que mexa com o trabalhador da Eletrobras, sem a participação de todos os trabalhadores (as) da casa. É inconcebível pensar que não podemos opinar sobre nossos destinos.

AS PERGUNTAS QUE NÃO QUEREM CALAR

• Se tivéssemos enviado estes mesmos ofícios aos ministérios e a Presidência da República em período eleitoral teríamos tido resposta? Porque até hoje não recebemos a mínima satisfação.
• Por que o Diretor do DEST, Murilo Barella, retornou ao órgão depois de ter sido afastado no Governo Lula por não contribuir em nada com as negociações em acordos passados?
• Coincidência ou foi tudo planejado para atrapalhar a negociação de um ACT justo?

Calendário de atividades

• Assembleias Informativas: de 01/08 a 03/08
• Ato Publico em Brasília: 10h – 03/08
• Reunião de preparação do CNE (local a confirmar): 04/08
• 4ª Rodada de Negociação (local a confirmar): 05/08
• Assembleia permanente nos locais de trabalho: 05/08
• Reunião de Avaliação CNE (local a confirmar): 06/08

CATEGORIA MOBILIZADA

A mobilização da categoria eletricitária, que forçou uma nova rodada de negociação e a prorrogação do ACT vigente até o dia 15 de agosto, deve mostrar mais uma vez sua força. Para tanto, o Coletivo Nacional dos Eletricitários propõem a realização de um ato público no dia 03 de agosto, em frente ao Palácio do Planalto, no qual os trabalhadores e trabalhadoras da sede da Eletronorte, Furnas e Eletrobras, representando os 27 mil eletricitários do Sistema, protocolarão carta à Presidenta Dilma. Nesta campanha salarial, a força e mobilização da classe trabalhadora têm conseguido importantes vitórias. Basta de sermos usados como parâmetro para outras categorias. Exigimos um ACT justo.


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