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s trabalhadores do Sistema Eletrobras neste primeiro dia de paralisação nacional foram em massa para a porta das empresas protestarem contra a postura decepcionante do Governo Dilma e da Direção das Empresas no que tange o tratamento dispensado a categoria nas negociações deste ACT 2011, que tem ido da indiferença a perseguição política como foi o caso hoje nos estados de Rondônia e Piauí, com a utilização do interdito proibitório, uma ferramenta amplamente utilizada no período da ditadura militar para pressionar a classe trabalhadora a desistir das suas lutas.
O CNE repudia essa posição de perseguição aos trabalhadores e seus sindicatos, por entender que hoje não cabe mais tal medida de exceção, que deveria ter sido enterrada junto com todo o entulho autoritário de uma época. Hoje, nos sentimos traído por um Governo que fomos às ruas eleger, travando grandes debates na sociedade e dentro da categoria sobre a importância da continuidade do projeto político popular e democrático, iniciado pelo Presidente Lula. Porém, diante da falta de interlocução com as entidades sindicais e o afastamento dos movimentos populares deste Governo, os trabalhadores têm refletido sobre o apoio dado para elegê-lo, se este foi mesmo o melhor caminho ou fomos enganados por um discurso de continuidade que hoje é trocado por mudanças que impedem, por exemplo, o ganho real.
Os trabalhadores (as) ao longo deste a ACT 2011 procuram o diálogo por diversas vezes, todavia, fomos ignorados pelo Governo e o Sistema Eletrobras, que preferiram o caminho do enfrentamento para tentar impor uma agenda conservadora e neoliberal baseada no arrocho salarial dos seus trabalhadores, loteamento político de cargos, aumento da terceirização e a perseguição aos sindicatos, situação escancarada nas distribuidoras de energia, que mesmo com a mudança na direção continua a punir as entidades sindicais com multas astronômicas para calar os trabalhadores (as). Se a aposta do Governo Dilma e da Direção das Empresas é o enfrentamento, da parte dos trabalhadores a resposta será dura, com o aprofundamento da luta nas mais variadas estratégias. A paralisação deste dia 20 e amanhã é somente o inicio de uma grande jornada de mobilização em todo país. Vamos mostrar que os trabalhadores (a) do Sistema Eletrobras querem respeito as suas reivindicações, com a conquista de um ACT justo com dignidade para todos.

Sindicatos entregam carta aberta ao ex-presidente Lula

Diante paralisação das negociações e aproveitando a visita do ex-presidente Lula aos estados da Bahia e de Pernambuco amanhã, o Sinergia- BA e o Sindurb-PE, em trabalho conjunto com os parlamentares envolvidos com a nossa causa, vão entregar cada um em seu estado à carta aberta dos trabalhadores do Sistema Eletrobras e a pauta de reivindicações da categoria a Lula, alertando sobre os riscos que envolvem essa situação de inércia, e mais, vão solicitar ao ex-presidente sua intermediação para que seja reaberto o canal de negociação com a Holding e o Governo.
Vamos lembrar ao companheiro Lula que o seu sonho de transformar a Eletrobras em uma Petrobras da energia não pode morrer. A luta continua.

Quadro parcial de paralisação

Nas empresas do Sistema Eletrobras: Cepel, CGTEE,Chesf, Eletronorte, Eletronuclear, Eletrosul, Furnas, Eletrobras Distribuição Piauí, Eletrobras DistribuiçãoRondônia, Eletrobras Distribuição Acre, Eletrobras Amazônia Energia, Eletrobras Distribuição Alagoas e Eletrobras Distribuição Roraima, a médiade paralisação é de 90% a 95%, portanto, vitoriosa. Amanhã divulgaremos um quadro mais detalhado por empresa.

 


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