Companheiras trabalhadoras e companheiros trabalhadores,

Estamos na reta final da guerra contra a privatização da Eletrobras. Vencemos muitas batalhas e perdemos outras. Estamos lutando contra um exército poderoso, com muitos soldados e oficiais armados até os dentes. Apesar deste aparente poder, esse exército sabe que está do lado errado da história e por isso a maioria de seus soldados não estão comprometidos com a causa de seus generais, “vaquinhas de presépio” do comandante supremo.

Nós trabalhadoras e trabalhadores não possuímos o armamento bélico que eles possuem, é verdade, mas a razão está do nosso lado, porque estamos do lado correto da história, e por isto mesmo, a população está do nosso lado. Enquanto nós lutamos para defender o nosso país, contra a entrega de “mão beijada” da maior empresa de energia elétrica da América Latina, bem como os nossos empregos para a nossa sobrevivência, eles lutam para entregar o patrimônio público para o capital privado do 1º mundo. Enquanto lutamos pelo Brasil, eles lutam contra o Brasil. Por isto estamos do lado certo da história. Por isto vamos vencer essa guerra.

Estamos muito próximos da batalha final, e é essa batalha que vai definir o resultado da guerra. Tudo pode acontecer. Ninguém tem bola de cristal para prever o futuro, mas nós podemos, com a nossa participação alterar a história traçada pelos vendilhões da pátria. Com a nossa participação massiva no ato da próxima quarta-feira, dia 20, nós podemos evitar a privatização da Eletrobras. E em vez de chorarmos, arrependidos por não termos lutado, poderemos comemorar uma vitória que ficará na memória de todos nós, para sempre. Nós poderemos bater no peito e dizer que não fomos meros expectadores da história, mas sim fomos agentes ativos para a mudança da história.

Na sede da Eletronorte, hoje, somos aproximadamente 800 trabalhadores, em Furnas/DF, em torno de 130 e em Furnas/Serra da Mesa, 50 trabalhadores. Portanto, a base do nosso sindicato é de cerca de 980 trabalhadores, logo é perfeitamente possível ter no ato do dia 20/04/2022, na entrada do TCU, no mínimo, 500 trabalhadores. É imprescindível que o ato seja representativo, para demonstrarmos de forma clara e transparente que não aceitaremos a desestatização da Eletrobras, a maior empresa de energia elétrica da América Latina, pois sabemos da importância dessa empresa pública para o desenvolvimento e crescimento sustentável do Brasil.

No dia 20/04/2022, o nosso maior compromisso é com o sucesso do ato em defesa da Eletrobras pública e dos nossos empregos. Os nossos compromissos pessoais e até os profissionais devem ficar em segundo plano, pois o mais importante é defender o Brasil, defendendo a Eletrobras pública e o direito mais sagrado, o direito ao emprego.

O sindicato não medirá esforços para propiciar toda a infraestrutura necessária para o sucesso do evento. Colocaremos ônibus e vans na quantidade necessário ao deslocamento daqueles que preferirem deixarem os seus veículos nos respectivos locais de trabalho. Teremos faixas, bandeiras, camisetas, água e o que for necessário para a participação da categoria. Tudo será preparado com muito carinho e dedicação, mas você, que é o principal, não pode faltar.

O sucesso do ato público depende da sua participação. Não importa se você é gerente ou um simples trabalhador. Não importa se você gosta ou não do sindicato ou dos dirigentes sindicais. Não importa se você participa ou nunca participou de atividades sindicais. O que importa agora é que todos estamos no mesmo barco e em alto mar. Se o barco afundar ninguém se salvará, porque nem salva vidas e boias tem neste barco. A única forma de nos salvarmos é cada um fazer a sua parte. É cada um dar a sua contribuição. É cada um ser solidário com o outro.

Companheiras e companheiros essa luta é de todos nós. O que está em jogo é o nosso emprego, o sustento de nossas famílias e o nosso futuro profissional. Todos, sem exceção, serão prejudicados e muitos serão sumariamente demitidos. Lute por você, por sua família, pela Eletrobras pública e por seus amigos e companheiros de empresa. Lute pelo Brasil. É a sua obrigação como brasileiro!