Mais de R$ 2 milhões! Esse é o valor que estão falando que a Eletrobras pagará pela contratação de assessoria jurídica para manter no ACT a CGPAR que caiu por terra. Inclusive já ingressaram no TST e já se tem despacho.

Gostaríamos de parabenizar a direção de uma importante subsidiária do Sistema Eletrobras que tem demonstrado sensibilidade e apreço aos trabalhadores e trabalhadoras, principalmente no que tange ao diálogo e o respeito ao maior patrimônio da empresa: seu capital humano.

A referida subsidiária tem entendido que o momento é delicado e que é preciso pensar também nos trabalhadores e trabalhadoras que ao longo de anos ajudaram a construir essa grande empresa.

Lamentavelmente não podemos dizer o mesmo da atual direção da Eletrobras. Parte dela representa o atual Conselho de Administração da Eletrobras – CAE, indicação essa inclusive recheada de interesses conflitantes, pois é sabido que os acionistas minoritários são interessados direto na privatização da Eletrobras. Portanto, não estão nem aí para o quadro funcional da casa, seja ele nível médio, superior ou gerência.

Na direção da holding tem empregado de carreira, “prata da casa” que tem em seu histórico a prática de perseguir, humilhar e punir aqueles que não concordam com seu ponto de vista. Essa prática o tem levado “a subir nas tamancas” da arrogância.

Esse senhor vem sendo chamado pelos corredores de Sr.CGPAR, pois nos últimos meses vem tentando acabar com os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e, não satisfeito, insiste em criar duas categorias de trabalhadores e trabalhadoras na holding e nas demais empresas do sistema Eletrobras: uma que paga plano de saúde e outra que não vai pagar plano de saúde. Essa é apenas uma das missões que lhe foi dada pelo CAE, que tem interesses em enxugar o quadro de pessoal e os benefícios ao máximo, pois assim venderão uma empresa mais enxuta. O Sr. CGPAR tem cumprido à risca esse papel vampiresco.

As maldades não param por aí. Recentemente a Eletrobras, via Comunicado ao Mercado, informou aos acionistas que designou a ENBpar empresa criada no âmbito do processo de privatização da Eletrobras, para receber os ativos, os programas e contratos que não poderão ser mantidos na Eletrobras após a referida privatização, ou seja, nunca se preocuparam em designar trabalhadores e trabalhadoras da holding para funções nessa empresa, que foi criada para desempenhar o papel que a holding já faz com excelência.

Cada vez fica mais claro que temos que estar unidos mais do que nunca, essas pessoas estão comprometidas com elas mesmas, na visão delas todos nós somos descartáveis, seja nível médio, seja nível superior ou gerente, não caia no engodo que você estará garantido em uma eventual privatização, vejam por aí o histórico de privatização e o que fazem com os trabalhadores e trabalhadoras! Na cidade do Rio de Janeiro temos como exemplo a privatização da Light, realizado em 21/05/1996 e, recentemente, vimos a privatização da CEDAE, que resultou inicialmente em 4.000 demissões! Sendo assim, quem estará garantido numa provável privatização da Eletrobras? Nesse momento parece que apenas o atual presidente da casa, que ao cumprir sua missão ganhará um novo cargo junto ao mercado, tem emprego garantido.

Companheiros e companheiras, para finalizar, queremos dizer que ainda há muita luta pela frente no que diz respeito à privatização, estamos otimistas que nossas ações darão resultados em breve e que o calendário para eles está curto, ano que vem será um ano eleitoral e tudo será mais complicado para os entreguistas

Para ler a íntegra da na nota da AEEL, clique aqui.

Reprodução do boletim da Associação dos Empregados da Eletrobras.