Reprodução CUT Brasília.

Não vai ser fácil para o governo aprovar a privatização dos Correios. Isso porque a movimentação das trabalhadoras e trabalhadores em defesa da empresa se intensifica dia após dia. Em Brasília, o Sindicato que representa a categoria (Sintect-DF) encabeçou, ao decorrer dessa semana, uma série de ações para barrar o PL 591/21, que tramita no Senado Federal.

“Logo na segunda, começamos a mobilização junto aos demais servidores contra a PEC 32 e as privatizações. Na terça, realizamos uma mobilização no Senado para que os senadores que são contrários a esta proposta participassem da audiência pública sobre o tema, que aconteceu na quarta. Durante a audiência, um grupo de trabalhadores ficou do lado de fora com faixas e realizando panfletagem e o outro entrou na Casa para participar da atividade”, afirma a presidenta do Sintect-DF, Amanda Gomes Corcino.

A sindicalista relatou ainda que os representantes dos trabalhadores foram proibidos de participar da audiência pelo senador Márcio Bittar (MDB/AC), relator do PL 591/21. Mas depois da chegada do presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o senador Otto Alencar (PSD/BA), foi permitida a entrada de cinco trabalhadores, porém, com a condição que os mesmos não se manifestassem sobre a matéria.

“A audiência foi muito ruim, o governo não tem argumentos que justifiquem a privatização dos Correios e por isso usou de fake news, como é estratégia deles. Então tentaram colocar que a empresa dá prejuízo, que tem que vender logo porque não vai dar tanto lucro no futuro, sendo que a finalidade de uma empresa pública é servir a população e não construir ativos para valer mais para o mercado. Os defensores da venda ainda fizeram comparações esdrúxulas com empresas que nada tem a ver com os Correios”, relatou Amanda Corcino.

Próximas atividades 

Na semana que vem, as trabalhadoras e trabalhadores dos Correios continuam a mobilização em defesa da empresa, dessa vez, buscando diálogo com os líderes das bancadas. O senador Paulo Paim (PT-RS), também está apoiando a causa e pretende marcar uma nova audiência pública, dessa vez, com a participação tanto da base do governo quanto das lideranças sindicais que representam a categoria.

Fonte: https://df.cut.org.br/