O intenso calor da capital federal, que chegou a registrar 34° na tarde desta terça-feira (05), não foi motivo para desmobilizar os militantes que passaram o dia na luta contra a PEC 32. A pressão começou logo cedo, quando, às 7h, parlamentares foram recepcionados no Aeroporto JK. Já às 14h, aconteceu a manifestação em frente ao anexo II da Câmara Federal. A mobilização continua amanhã (06) a partir das 9h, no Espaço do Servidor. No período da tarde, o movimento continua em frente ao anexo II da Câmara, novamente às 14h.

“Essa PEC é uma verdadeira destruição não só para os servidores públicos mas sim para você trabalhador, para você trabalhadora da iniciativa privada. Essa PEC é a destruição total dos direitos, além de precarizar o serviço público, nós que somos os usuários seremos os mais prejudicados”, afirmou o secretário de Administração e Finanças da CUT-DF, Washington Domingues.

Raimundo Nonato, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores na Limpeza Urbana do DF (Sindlurb), destacou o progressivo desmantelamento que o país sofre nas mãos de Bolsonaro.  “A gente vive um momento muito difícil no Brasil onde o governo valoriza a privatização e isso vem destruindo a nossa nação, e hora da gente dizer não. Queremos chamar toda a população brasileira, isso aqui é uma luta em defesa da nossa nação, precisamos dizer sim ao serviço público de qualidade, se há algo que precisa ser melhorado, que melhore, mas não é exterminando o serviço público que vai melhorar a vida do povo brasileiro. Vamos ficar em vigília até que essa PEC, junto com Paulo Guedes e o governo Bolsonaro seja derrotado”, afirmou o sindicalista.

Abrangência da luta 

A secretária de Organização da CUT Nacional, Graça Costa, afirmou que a movimentação que está sendo feita, sai de Brasília e chega até o menor município do país. “Em todos os locais de trabalho, estamos fazendo um esforço, principalmente nós da Confetam, estamos levando essa mensagem em todas as câmaras municipais, mas os companheiros das entidades das três esferas estão sempre conosco nessa batalha, nessa unidade”, afirmou a liderança sindical.

“A PEC 32 é a reforma trabalhista para o serviço público. Quando a gente fala sobre os direitos trabalhistas, mas a proposta é o desmonte do Estado brasileiro, das políticas públicas, de educação e saúde especialmente, que vai atingir de forma colossal as pessoas que são mais pobres do nosso país. Não só a classe trabalhadora, mas o Brasil como um todo”, destacou Graça Costa.

Após a aprovação na Comissão Especial, a PEC 32 pode ir a votação em Plenário a qualquer momento. Apesar do relatório aprovado ter modificado alguns pontos da proposta original, o texto continua abrindo espaço para terceirização dos serviços públicos, extinção de carreiras e concursos, além de fragilizar o vínculo dos servidores com o Estado.

Fonte: https://df.cut.org.br/