A Eletrobras completou nesta sexta-feira (11) 59 anos de existência, promovendo o desenvolvimento econômico e social para todos os brasileiros e brasileiras.

Hoje, para comemorar a data de aniversário da estatal, deputados, senadores, movimentos populares, entidades sindicais e trabalhadores do Sistema Eletrobras participaram de uma grande plenária virtual para defender a Eletrobras Pública.

No Rio de Janeiro, houve manifestação presencial em frente à sede da Eletrobras. Na ocasião, os manifestantes denunciaram a tentativa de privatização da empresa, que penaliza a população com aumentos na conta de luz e apagões. Durante o ato houve doações de alimentos não perecíveis para serem entregues à população que se encontra em situação de vulnerabilidade alimentar.

A Medida Provisória 1.031/21, que trata da venda da estatal, foi aprovada no dia 19 de maio na Câmara dos Deputados. No Senado, a previsão é que a MP seja colocada em pauta a próxima semana.

A presidenta da União Nacional dos Estudantes, Elida Elena, destacou que a entrega da Eletrobras é um ataque contra o patrimônio público e contra o povo brasileiro.  “A gente tem assistindo ao longo desses últimos anos intensos ataques aos direitos dos trabalhadores, e esse processo de privatização da Eletrobras está ligado ao projeto [do governo] que é a destruição do Estado brasileiro, destruição das empresas públicas, para que o nosso País sirva aos interesses alheios ao seu povo.”

Para a diretora do Instituto Ilumina, Clarisse Ferraz, a defesa da Eletrobras pública é uma luta pelo futuro. “O papel da Eletrobras é essencial hoje, porque estamos às vésperas de um racionamento, e isso é uma coisa muito severa, é a impossibilidade de se falar em retomada econômica, é risco de apagão e pode trazer, inclusive, caos social. E olhando para o amanhã, enquanto o mundo está transformando estruturas de energia para uma era do pós carbono, privilegiando as energias limpas” o Brasil, “país que tem a maior reserva de água doce no mundo, que tem o único sistema interligado nacional” está entregando “uma preciosidade”.

O deputado federal Pedro Uczai (PT-SC) ressaltou que a Eletrobras é formada também pelas subsidiárias, “que se misturam com a história regional das várias regiões do nosso Brasil”, quem tem o papel de desenvolver os estados, “além da perspectiva estratégica que é a energia”. Ele pontuou ainda a necessidade da população e das entidades de pressionar os senadores e senadoras a votarem contra a Medida Provisória 1.031.

De acordo com o senador Jean Paul Prates (PT-RN) todas as associações setoriais, inclusive, de petróleo e gás são contrárias à MP do Apagão. “Todo mundo que consome energia está contra essa MP, porque se deram conta que ela [Eletrobras] é importante para manter a competitividade do Brasil e a menor tarifa para a sociedade.” Para completar, o senador destacou que nenhum País está vendendo ativos estratégicos. “Não faz sentido vender ativos em plena pandemia, sem ter noção de quanto custa. Temos que trabalhar para caducar essa MP”, disse.

A atividade teve o apoio da Frente Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional, Frente Parlamentar em Defesa do Setor Elétrico, Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras, Frente Parlamentar em Defesa da Eletrobras, Frente Parlamentar em Defesa da Chesf, Frente Parlamentar em Defesa de Furnas, Frente Parlamentar em Defesa da CGTEletrosul, Frente Parlamentar em Defesa da Eletronorte, Frente Parlamentar em Defesa das Concessionárias de Energia, Frente Parlamentar Mista em Defesa das Organizações da Sociedade Civil, Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, Plataforma Operária e Camponesa da Água e da Energia, Coletivo Nacional dos Eletricitários, Federação Única dos Petroleiros e demais entidades.