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O Conselho de Administração da Companhia Energética de Brasília (CEB), sociedade de economia mista controlada pelo GDF, aprovou no último dia 30 de março o pagamento de “Bônus por Resultado de Performance” aos quatro dirigentes da empresa. A justificativa para essa verdadeira imoralidade, que pode custar até R$ 1 milhão aos cofres públicos, foram os resultados alcançados pela CEB em 2020, ano em que ocorreu a privatização da distribuidora.

Considerando o pagamento imoral, ilegítimo e totalmente inoportuno, o STIU-DF protocolou no dia 26 de abril uma representação no Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) com pedido de liminar para suspensão da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) 155, prevista para amanhã, 30.

O Sindicato encaminhou ainda uma denúncia para a Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle – CFGTC da Câmara Legislativa do Distrito Federal, na qual destaca que a referida AGE decidirá também sobre a proposta de reajuste para os dirigentes da CEB.

No documento, o STIU-DF ressaltou que, enquanto os trabalhadores da empresa e de outras estatais amargam o congelamento de seus salários e benefícios, os administradores terão a correção de sua remuneração pelo INPC, podendo esse aumento chegar a 25%, se houver acúmulo de cargo dentro das empresas do grupo. Tudo isso ocorrendo em época de pandemia e recursos escassos, que deveriam estar sendo destinados para aquisição de vacinas e insumos ou até na assistência aos grupos mais vulneráveis da população do DF, e não para mimos dos pupilos.

O Sindicato pontua que não descarta o ajuizamento de ação popular contra essa medida vergonhosa.