Em assembleia realizada nesta sexta-feira, 8, os trabalhadores e trabalhadores da Eletronorte, em Brasília, aprovaram a proposta apresentada pela Eletrobras ao novo Acordo Coletivo de Trabalho. A votação, com 70% de aprovação, seguiu o encaminhamento do Coletivo Nacional dos Eletricitários.

Essa foi a negociação mais longa da história da categoria. As reuniões de discussão do ACT se iniciaram no mês de abril passado. De lá para cá, a direção da Eletrobras tentou retirar direitos dos trabalhadores e impor uma agenda de desmonte de estatal.

Após uma série de negociações, a categoria manteve o ACT. No entanto, a proposta da empresa prevê uma série de demissões. Essa medida amplia o risco de perda na qualidade do serviço prestado pela Eletrobras, como consequência, potencializa a ocorrência de apagões. Do mês de novembro até hoje, o país testemunhou três grandes apagões no país. Amapá, Piauí e Maranhão ficaram no escuro devido às privatizações e falta de profissionais qualificados.

A redução do quadro da Eletrobras Eletronorte faz parte da política de desmonte organizada pelo presidente da estatal, Wilson Pinto, com aval de Bolsonaro e Guedes, que atuam para sucatear as empresas públicas e facilitar a privatização da estatal.

O STIU-DF ressalta que está buscando alternativas para inviabilizar os desligamentos dos trabalhadores. Em plena pandemia e alto índice de desemprego é desumano demitir profissionais que deram a vida pela empresa.

Cabe registrar que, após a finalização das assembleias nas bases das empresas do Sistema Eletrobras, o CNE informará a empresa do resultado para dar andamento a formalização do acordo coletivo.