O país inteiro tem acompanhando o apagão no Amapá, onde 90% da população do estado ficou sem energia elétrica na última terça-feira (3). O rompimento no fornecimento da energia se deu quando um incêndio atingiu a principal subestação do estado controlada pela Isolux, empresa privada espanhola.

O caso do Amapá não é único. Em 2018, outro apagão atingiu quase todo o país e, mais uma vez, a responsabilidade era de uma empresa privada, a chinesa State Grid deixou um prejuízo de mais de R$ 70 milhões para o Brasil.

No Amapá, a população chegou ao oitavo dia sem acesso a energia elétrica e, com o problema no fornecimento, a região também está sem água e internet. Cabe destacar que é a Eletronorte, empresa estatal, que está atuando para o restabelecimento da energia no estado.

O ocorrido mostra que a população do DF não pode ser submetida ao risco da privatização da CEB. O governo Ibaneis, para atender aos interesses de grupos privados poderosos, tenta vender a estatal e permitir que a lógica do lucro fácil e rápido prevaleça sobre a prestação de serviço focada na segurança do fornecimento e na responsabilidade com os consumidores. A consequência será a precarização do sistema elétrico, a falta de manutenção, apagões e prejuízos imensuráveis.

O Sindicato dos Urbanitários no DF vem alertando a população, os parlamentares e o próprio Governo do Distrito Federal sobre os riscos da privatização da CEB e a obrigatoriedade de autorização da Câmara Legislativa.

É preciso debater e aprofundar o conhecimento da sociedade sobre aspectos preocupantes dessa medida, a exemplo da flexibilização dos indicadores de qualidade e eficiência da empresa, aprovado recentemente pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para facilitar a venda da distribuidora.

A CEB, que foi eleita a melhor empresa de distribuição de energia do Centro-Oeste e a sétima do Brasil, é estratégica para o desenvolvimento econômico e social do DF e não pode ser capturada pela ganância e irresponsabilidade de interesses privados.

Defender a CEB Pública é defender a segurança do fornecimento de energia elétrica no DF.