Na manhã desta quinta-feira, trabalhadores da CEB, sindicalistas e parlamentares se reuniram na sede da Companhia Energética de Brasília para um assembleia contra a privatização da distribuidora de energia. A empresa, ameaçada pela política de desmonte do GDF, é um importante instrumento para o desenvolvimento econômico e social do Distrito Federal.

Na ocasião, para alertar a população sobre os riscos da privatização e denunciar os desmandos do GDF, a categoria aprovou uma nova assembleia para a próxima quarta-feira, 7, que terminará com um ato em frente à Câmara Legislativa do DF.

O deputado Fábio Félix (PSol), destacou que o DF é uma das poucas unidades da Federação que preservou o seu patrimônio e que o governador, Ibaneis Rocha, tem tratado as empresas públicas como um balcão de negócios. Ele ressaltou a manobra do GDF para evitar que o debate político sobre a privatização da distribuidora aconteça na CLDF. “Vamos nos dedicar com todas as nossas forças na Câmara Legislativa do DF para derrotar a privatização da CEB”, afirmou.

Para o dirigente do STIU-DF, João Carlos Dias, há grandes chances de a privatização da CEB não acontecer. Para isso, ele defende a necessidade de uma ampla mobilização. “Vamos dar uma resposta a esses privatistas com muita unidade, mobilização e capacidade de diálogo com a população e com os parlamentares”.

O dirigente lembrou que a CEB recebeu nos últimos anos diversos prêmios de qualidade e eficiência. O mais recente, premiou a CEB como melhor distribuidora do Centro-Oeste e a sétima melhor do Brasil. A premiação é realizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), entidade que fiscaliza as empresas do setor.

“Nós vamos efetivar todas as medidas necessárias para que a CEB continue sendo do povo do Distrito Federal”, afirmou a deputada federal Erika Kokay (PT-DF). Na avaliação da deputada, o debate da privatização tem que, obrigatoriamente, passar pela CLDF, uma vez que a Lei Orgânica do DF prevê tal medida. “O povo do Distrito Federal merece uma CEB pública”, finalizou.

A atividade contou ainda com a participação de representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), do Sindágua-DF, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do Partido dos Trabalhadores (PT), do gabinete da deputada Arlete Sampaio (PT), entre outras entidades.

Apoio contra a privatização

Diversas entidades têm se pronunciado contrárias ao processo de desmonte do patrimônio público. O Sindicato dos Jornalistas do DF emitiu uma nota em que afirma que tal medida coloca em risco o atendimento do serviço público em Brasília e deixa a população vulnerável ao aumento indiscriminado de tarifas. “Sem ouvir a população e descumprindo promessas de campanha, Ibaneis coloca à venda um dos patrimônios da nossa capital. E ainda anuncia ampliar a precarização do serviço público, com a venda da Caesb e do Metrô”.

“O governo Ibaneis está errado em se apropriar do patrimônio público, governar para um único setor do empresariado e para mercado estrangeiro, como faz o governo Jair Bolsonaro, e anunciar a privatização de empresas públicas sem a devida e constitucional consulta popular, sem explicar ao povo os danos que a privatização acarreta ao bolso e à vida de cada um(a) e por que existem setores da economia que não podem e nem devem ser privatizados”, destaca a nota do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF).

Em moção de apoio à luta em defesa da CEB pública, a direção do Sindágua lembra ainda que, enquanto candidato, o governador assumiu compromisso de campanha de não privatizar nenhuma empresa pública do DF, inclusive assinando carta compromisso aos empregados da CEB, garantindo que “a CEB DISTRIBUIÇÃO S/A não será privatizada”.

DEFENDER A CEB PÚBLICA É DEFENDER O DF.