fnu

Os trabalhadores (as) do Sistema Eletrobras reunidos em assembleias em todo país deliberaram em acatar a orientação do CNE de paralisação das atividades por 48 horas nos dias 6 e 7 de junho. Essa decisão das bases demonstra o repúdio da categoria com as práticas de negociação adotada pela direção da Holding nesta terceira rodada, em Brasília, onde ficou evidenciada a falta de compromisso com o processo negocial em curso, ao apresentarem uma contraproposta final que está longe dos anseios dos trabalhadores (as), dando como encerrada as negociações.
O CNE buscando alternativas para se contrapor a decisão unilateral da Direção da Eletrobras de encerrar as negociações participou nos dias 01 e 02 de junho, em Brasília, de uma série de reuniões para retomar o processo de discussão do ACT 2011 e outros assuntos de “interesse” da categoria, por entender que existe ainda muito espaço para avançar na proposta apresentada, em especial no que tange as cláusulas econômicas, que garantam a continuidade do ganho real e também que se cumpram os compromissos assumidos com os trabalhadores(as).
O CNE no dia 1º de junho participou de reunião com o Chefe de Gabinete do Ministério de Minas e Energia, José Antônio Corrêa Coimbra, e com assessores do Ministério de Minas e Energia, que foram taxativos em afirmar que as negociações do ACT 2011 não estão encerradas por parte do Governo. O que é um bom sinal, mas não garante de imediato a retomada das negociações, nesse sentido é fundamental realizar uma paralisação forte nos dias 06 e 07.
Os integrantes do “Comitê Executivo do CNE” estiveram reunidos com o Senadores Delcídio Amaral (PT-MTS) e Wellington Dias (PTPI), tiveram audiência com os Senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e João Alberto (PMDBMA) , também estiveram reunidos com os Deputados Federal, Francisco Praciano ( PT-AM), Josias Gomes PT/BA, Joseph Bandeira PT/BA, Nelson Pelegrino PT/BA, Artur Bruno PT/CE, Fernando Ferro PT/PE, Luci Choinacki PT/SC e Nazareno Fonteles PT/PI.
O “Comitê Executivo do CNE” expôs aos senadores e deputados os motivos da paralisação de 48 horas e a preocupação dos trabalhadores com os rumos do ACT, principalmente pela postura intransigente do Sistema Eletrobras, que além de negar as reivindicações da categoria, adota um discurso neoliberal de atrelar salários a alta da inflação. O CNE pediu apoio dos senadores e dos deputados na interlocução junto ao Ministério do Planejamento e o Ministério de Minas Energia, para que as negociações sejam retomadas em outro patamar, com respeito ao histórico de conquistas alcançadas nos últimos anos.
O Comitê Executivo do CNE continuará nesta sexta, dia 03 de junho, em Brasília, realizando o trabalho institucional visando retomar as negociações do ACT, bem como, de outros assuntos de interesse da categoria, que informaremos durante as paralisações.
Os trabalhadores(as) deram sua resposta à chamada do CNE mostrando unidade na luta. Sendo assim, alertamos para que não aceitem intimidações e a truculência de alguns setores da Holding. Vamos realizar com força nossa paralisação de 48 horas, mostrando o quanto somos capazes de lutar pelos nossos direitos.
O lugar do eletricitário é nas concentrações para demonstrar a sua revolta contra o descaso com a paralisação das negociações. Vamos à luta, com muita mobilização, essa é a hora de definir os rumos do acordo coletivo. Participem, pois essa luta é de todos nós que queremos um ACT justo!

CNE se reuniu com diretor de administração da Eletrobras

O Comitê Executivo do CNE também esteve reunido na tarde desta quinta-feira, dia 02, com o Diretor de Administração do Sistema Eletrobras, Miguel Colasuonno. Com as mesmas argumentações de contenção da tendência da inflação e a preocupação do governo com os custos do setor público, o diretor administrativo não confirmou nenhuma data para outra rodada de negociação, por falta de autorização do governo. Se comprometeu a fazer um esforço para sinalizar na próxima semana uma possível 4ª rodada. Isso quer dizer que temos que manter a nossa mobilização para a paralisação de 48h nos dias 06 e 07, com muita organização, para demonstrarmos nossa força.
Em nossas intervenções cobramos a retomada das negociações do ACT e de também discutimos “assuntos de interesse da categoria”. Mais uma vez nos posicionamos contrários a postura da direção da Holding, de se negar a discutir de forma franca a nossa pauta de reivindicações, e que a paralisação de 48 horas, será o início de uma jornada de lutas, caso as negociações não avancem.

TODOS E TODAS NA PARALISAÇÃO NOS DIAS 6 e 7 DE JUNHO

Não falte, pois a sua ausência poderá ser notada


VISUALIZAR ARQUIVO EM PDF