A AEEL e as Entidades de Representação dos Trabalhadores e Trabalhadoras voltam a ratificar a necessidade de uma Eletrobras pública, que seja uma das propulsoras da retomada dos investimentos e consequentemente do crescimento do país pós-pandemia de Covid-19, que, infelizmente, já ceifou mais de 100 mil pais e mães de famílias.

 Até quando, as autoridades executivas e legislativas manterão a maior empresa de energia elétrica da América Latina e principal expoente do setor elétrico brasileiro, submetida a uma gestão temerária, que diuturnamente busca sufocar sua força empreendedora e suas potencialidades, com o objetivo de justificar uma privatização irresponsável e voltada aos interesses de terceiros aninhados no board da Eletrobras?

Até quando, o Conselho de Administração da Eletrobras continuará capturado por grandes acionistas minoritários, com apoio irresponsável dos atuais ocupantes do poder concedente, que não cumprem com suas responsabilidades e deveres públicos?

Até quando, os consumidores serão tratados como meros pagadores de contas e rotulados como imbecis no projeto de Wilson Pinto Júnior, que sonha fazê-los pagarem duas vezes por ativos já amortizados para sustentar uma camarilha de oportunistas? Senhores Paulo Guedes e Wilson Pinto Junior respeitem o povo brasileiro, principalmente aqueles que vivem à margem da sociedade!

Até quando, teremos à frente da presidência da empresa uma pessoa descompromissada com o futuro da empresa, serviçal, por conveniência, dos donos do dinheiro, que estão ávidos para colocar as mãos no controle da Eletrobras para explorar de forma inescrupulosa os consumidores brasileiros?

Até quando, “lojinhas ou quitandas” serão montadas para arquitetarem a venda a Eletrobras de forma irresponsável e a preço de banana, como fosse uma empresa de 5ª categoria? Até quando, a energia elétrica produzida pela Eletrobras será tratada como objeto de especulação para obtenção de retornos fáceis e deletérios aos custos produtivos e aos bolsos dos consumidores?

Até quando, a Eletrobras terá um grupo de diretores e gestores subservientes, que de forma consciente e irresponsável trabalham, diariamente, para atender aos interesses e vaidades desumanas de um presidente focado na destruição da organização?

Até quando, empresários assumirão cargos em governos neoliberais para defenderem privatizações a preço de banana de empresas lucrativas, molas propulsoras do país, para depois voltarem para a iniciativa privada, repletos de informações privilegiadas, para lucrar milhões, e ainda têm a cara de pau de “defenderem a justa competição”?

Até quando, os excelentes resultados econômico-financeiros da Eletrobras serão minimizados em prol de um projeto de privatização completamente fora da realidade e distante do interesse público nacional?

Por isso lamentamos a postura dos membros do governo, do MME, do senhor Wilson Pinto Junior, que buscam a todo custo entregar uma das maiores empresas de energia elétrica da América Latina e do mundo ao capital especulativo.

Reprodução Associação dos Empregados da Eletrobras