Entre os principais pontos discutidos com a direção da empresa estão o acordo do Banco de Horas, a mudança de PHT sem anuência dos trabalhadores, registro de ponto no intervalo de almoço, mudança da sede, adicional noturno, desconto em folha e contratados.

Representantes das intersindicais Furnas e União Sindical se reuniram com o diretor de Operação, Djair Roberto Fernandes, e o diretor de Administração, Pedro Eduardo Fernandes Brito para discutir vários pontos de interesse da categoria. O encontro aconteceu no fim da semana passada.

A seguir, um resumo de cada tópico discutido com a direção da empresa.

Acordo do Banco de Horas: Após solicitação de retomada de negociação do Acordo do Banco de Horas, que há muito tempo está em tramitação, o RH informou que em breve enviaria a minuta do Acordo para análise das entidades sindicais e dos trabalhadores, que já foi feito nesta semana.

Mudança de PHT realizado pela Empresa sem a concordância do empregado: Foi questionado mais uma vez essa prática unilateral e autoritária por parte da empresa, que vem alterando a jornada de trabalho da categoria. A empresa pediu aos dirigentes que enviassem ofício seguido de um parecer jurídico. As intersindicais providenciarão a medida. Solicitação das entidades sindicais para a pré-assinalação do ponto no intervalo de almoço: A diretoria de Furnas informou que, a princípio, manterá a prática do registro do ponto, mas solicitou alternativas que ofereçam segurança jurídica às partes.

Mudança da Sede de Furnas de Botafogo para a Região Central do RJ: Os dirigentes protestaram em relação à forma que foi feita a transferência da sede, de forma totalmente açodada e sem a participação das entidades sindicais. O mais grave é que a empresa não buscou o diálogo com a FRG, proprietária dos bloscos, para negociar o valor dos alugueis. O DA se limitou a dizer que, após análise das necessidades de Furnas, a mudança da sede para o prédio da Av. Graça Aranha no Centro do RJ visa atender as necessidades, pois o novo endereço será exclusivo e poderá acolher os colaboradores lotados no escritório central.

Desconto do dia 14: Os sindicatos contestaram a medida adotada pela direção de Furnas de ter feito o desconto em folha, em vez de proceder como as outras empresas do sistema Eletrobras, que computaram as horas do dia de paralisação no banco de horas. A empresa informou que atendeu orientação da própria Eletrobras para efetuar o desconto.

Contratados: Os dirigentes sindicais perguntaram a respeito do número apontado pela empresa sobre a quantidade de trabalhadores contratados que foram admitidos em 1993, que estariam aptos a compor o quadro efetivo da empresa. Da mesma forma indagaram se haveria interesse da empresa em contratar todo esse pessoal, o que aperfeiçoaria o acordo do STF. A empresa informou que hoje estão aptos a ingressar no quadro 84 funcionários e que nesse número não há separação entre áreas ou divisões.

Ainda sobre a reunião, os dirigentes sindicais questionam a RH.A e a DO sobre o descumprimento do Acordo de Turno, pois a empresa ainda não está pagando a extensão do Adicional Noturno aos trabalhadores. Os representantes da empresa disseram que estão alterando o SAP para que possam efetuar o pagamento, e que quando for efetuado, será retroativo a maio/2019.

Sobre o Lanche dos Operadores, também foi questionado que os trabalhadores têm procurado os dirigentes sindicais para informar que não estão recebendo os valores corretamente de maneira regular. A RH. A disse que vai apurar o que está ocorrendo.

Intersindical Furnas 07/08/19