Oito conselheiros de empresas do grupo Eletrobras enviaram, na última sexta-feira (2), uma carta ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) manifestando posição contrária à privatização do setor elétrico brasileiro, em especial a da estatal. A carta foi assinada por membros do Conselho de Administração da Eletrobras: Furnas, Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), Eletronorte, Eletrosul,  Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTE), Amazonas GT e Eletronuclear, que representam os funcionários.

Na semana passada, o governo deu início oficial ao processo de capitalização da empresa, que já era falado desde o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) e agora também está sendo conduzido pela gestão Bolsonaro.

Os conselheiros apelam para que o presidente volte atrás da decisão de desestatização e argumentam que a Eletrobras é uma empresa estratégica e que, por isso, não pode ser privatizada. A carta entregue a Bolsonaro também chama a atenção para o risco da chamada segurança energética ao se privatizar a empresa. Os conselheiros temem que uma nova gestão, privada, foque apenas no lucro.

Os oito também dizem, nesta carta, que a Eletrobras está conseguindo se recuperar das perdas provocadas pela famosa MP 579, em que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) baixou compulsoriamente a energia no país e lembram que possuem uma situação financeira agora mais sólida.

Com os lucros dos últimos anos e trimestres e níveis de endividamento reduzidos e em queda, a Eletrobras, de acordo com os conselheiros, vem se tornando uma importante fonte de renda e de pagamento de dividendos.

Jovem Pan