O plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal ficou lotado, na quinta-feira (9), com a presença de trabalhadores e trabalhadoras da CEB, Caesb, BRB e Metrô, contrários à privatização das estatais. Em Comissão Geral, convocada pelo deputado Chico Vigilante (PT), dirigentes sindicais e especialistas dos setores debateram os efeitos da venda das empresas para o desenvolvimento econômico e social da cidade.

Para o deputado Chico Vigilante (PT), é inadmissível a entrega das estatais à iniciativa privada. “Do nosso ponto de vista, são empresas inegociáveis dada a importância estratégica delas para o Distrito Federal”, destacou o parlamentar.

De acordo com o dirigente do STIU-DF, Alaiton Faria, há outros mecanismos para a capitalização e o aumento de arrecadação da empresa. Ele lembrou ainda o compromisso do governador Ibaneis Rocha (MDB) no período eleitoral de recuperar e não privatizar as empresas.

Faria alertou sobre os efeitos da privatização no setor elétrico e exemplificou com o recente caso da CELG e demais distribuidoras do grupo Eletrobras que foram privatizadas recentemente. Destaca-se que a ex-Celg, atual Enel Goiás, após a sua venda, foi eleita a pior distribuidora de energia do país. Enquanto isso, a CEB, com a implantação de um Plano de Negócios, foi premiada como “Melhor Distribuidora da Região Centro-Oeste” no certame IASC de 2017 promovido pela ANEEL.

Quanto às metas dos Planos de Negócios referentes ao exercício de 2017, no que diz respeito aos aspectos econômico-financeiros houve bons desempenhos. Para a CEB Distribuição de um Lucro Líquido esperado de 7,6 milhões de reais apurou-se o montante de R$ 48,4 milhões.

Os dirigentes sindicais das empresas CEB, Caesb, BRB e Metrô enfatizaram que estão firmes na luta contra o desmonte do patrimônio público.