O tão aguardado balanço de 2018 das empresas do grupo Eletrobras foi, para os que apostaram numa derrocada, uma grande surpresa. Apesar do enorme ataque sofrido desde 2016, quis o destino pregar essa sublime revelação. Com patrimônio avaliado pelo valor de novo estimado em mais de R$ 375 bilhões e detentora de boa parte da produção de energia hidroelétrica do país, a maior geradora de energia elétrica da América Latina e Caribe chega aos seus mais de 55 anos, mostrando que a força dos seus trabalhadores supera todos os desafios.

O discurso daqueles que, insistentemente, queriam privatizá-la por R$ 12 bilhões cai por terra. Uma vez que, em apenas um ano, ela foi capaz de obter lucro líquido da ordem de R$ 13 bilhões e uma geração de fluxo de caixa de mais R$ 25 bilhões.

Essas revelações acendem um alerta para sociedade e remonda o caso Vale do Rio Doce que foi vendida, ou entregue ao capital estrangeiro, e, no ano seguinte, obteve lucro superior ao valor de sua venda.

As tragédias da Vale em Mariana e Brumadinho exibem o que está por trás dos objetivos maiores desses grupos: estabelecer a agenda do lucro acima de tudo e, consequentemente, da lama em cima de todos. Quase como um porre, a Vale se empanzinou de lucro e vomitou rejeitos, matando os Rios Doce e Paraopebas, além das ameaças ao velho Chico, Rio da Integração Nacional.

Para finalizar, enaltecemos o enorme esforço da classe trabalhadora que, de forma elegante, soube dá uma verdadeira tapa com luva de pelica naqueles que advogam pela privatização da empresa e pela entrega dos recursos nacionais ao capital internacional.

Por Mailson da Silva Neto – Via www.brasil247.com