Mesmo no atual governo o “modus operandi” de Wilson Pinto, presidente da Eletrobras desde 22/07/2016, que assumiu o cargo com uma missão específica dada por Michel Temer de conduzir o processo de privatização da empresa a qualquer custo, não sofreu abalo nenhum.

Wilson Pinto manteve todos os indicados de Michel Temer na gestão das empresas do grupo e vem promovendo uma série de programas de desligamentos incentivados, alegando a necessidade de reduzir o número de empregados para conter o custo na folha de pessoal.

Mas, em contrapartida, além de estar presidente da Eletrobras, Wilson Pinto é presidente do Conselho de Administração de todas as empresas do grupo, ganhando salário em todos eles. Como explicar tanta ânsia por dinheiro e poder?

Não bastasse, vazou a informação, cujo conteúdo estava sendo tratado a sete chaves. Ontem o Jornal Estadão publicou uma matéria que expõe a indecência da gestão de Wilson Pinto na presidência da Eletrobras. Veja:

“O céu… O anúncio do pedido de aumento de 141% para os salários de diretores da Eletrobras criou um sentimento de urgência nos ministros do TCU sobre a necessidade de estabelecer um teto para remuneração das estatais brasileiras”.

“…é o limite? Se aprovado, o pagamento para a cúpula saltará de R$ 7,8 milhões para R$ 15,1 milhões anuais. O assunto está previsto na pauta de quarta-feira”.

Então, demitem-se empregados altamente especializados e com a economia na folha de pagamento de pessoal ele, Wilson Pinto, agora propõe um aumento de 141% do próprio salário e, também, para os seus apaninguados.

O que dizer de uma proposta dessa quando se discute no governo a otimização da aplicação dos recursos públicos onde o Brasil esteja acima de tudo e não os interesses pessoais dos gestores das empresas públicas? É só lembrar do último exemplo que foi aquele jantarzinho da Embratur!

É! Luís Nassif, no seu editorial “O XADREZ DA VENDA DA ELETROBRAS”  e Lúcio de Castro, na reportagem “ATUAL GESTÃO DA ELETROBRAS PAGOU QUASE R$ 2 MILHÕES PARA QUE FALASSEM MAL DA PRÓPRIA EMPRESA” foram, de fato, coerentes. “A Eletrobras continua nas mãos de uma quadrilha que, se não for detida, imporá ao país prejuízos irreversíveis para as próximas décadas”.