Para diretor do STIU-DF, a mudança provocada pela reforma trabalhista desencadeou um desmonte no movimento sindical. Ele destaca que “a entidade sozinha não consegue dar conta de todas as lutas. O trabalhador, o filiado são essenciais para que o sindicato exista e a luta aconteça”.

A reforma trabalhista restringiu consideravelmente os direitos da classe trabalhadora e estimulou a formação de uma categoria de subempregados. Com benefícios limitados, parte da população está à mercê da exígua “boa vontade” dos empregadores.  Os sindicatos que tem como atribuição proteger e organizar os trabalhadores foram enfraquecidos ao limitar a representação das categorias e eliminar a contribuição sindical.

Para o diretor do STIU-DF, Alaiton Faria, embora o Sindicato se posicionasse contrário à contribuição sindical, inclusive promovendo a devolução do imposto aos filiados da entidade, “a mudança provocada pela reforma trabalhista desencadeou um desmonte no movimento sindical, estreitando a capacidade econômica. Outro ponto que impactou bastante a arrecadação dos sindicatos foram os PDV’s implementados pelas empresas federais que reduziu consideravelmente o número de filiados e, consequentemente, reduzindo as ações de luta dos sindicatos”, ressalta.

“O movimento sindical vem se reinventando no último período para dar conta da conjuntura. No STIU-DF, estamos empenhando força para travar a venda da Eletrobras, garantir a manutenção dos Acordos Coletivos sem retirada de direitos e, principalmente, garantir os empregos dos eletricitários. Mas a entidade sozinha não consegue dar conta de todas essas lutas. O trabalhador, o filiado são essenciais para que o sindicato exista e a luta aconteça”, destaca o dirigente.

De acordo com Faria, desde a década de 90, esse é o período de maior ataque ao patrimônio público, aos direitos e benefícios da classe trabalhadora. “Não podemos permitir que os sindicatos fechem as portas, isso só vai ampliar as desigualdades e a exploração da população. Para romper essa lógica de desarticulação das representações, os trabalhadores devem apoiar e fortalecer as entidades sindicais. A filiação, hoje, é um dos caminhos pra isso. Não existe sindicato forte sem o apoio econômico e participativo da categoria” aponta.

Fonte: Jornal Energia Alerta – edição nº 43.