Com o mote Eletrobras Pública: energia vital para o Brasil, os eletricitários e eletricitárias dão início a mais uma campanha salarial. Mesmo diante das dificuldades impostas pelo cenário político-econômico, dirigente do STIU-DF aposta na participação ativa de todos os trabalhadores e trabalhadoras nas assembleias, paralisações, piquetes, audiências, bem como nas redes sociais para garantir vitória na data-base.

Pautas de reivindicações nacional e específicas aprovadas em Furnas e Eletronorte. Agora é garantir que as negociações com a direção da Eletrobras aconteçam. Para o diretor do STIU-DF, Flávio Figueiroa, o desafio para as entidades sindicais e trabalhadores está lançado.

Para o dirigente, “a sanha do presidente da Eletrobras em privatizar todo setor elétrico estatal, aliada às articulações feitas diretamente por ele para ocupar os cargos de Diretoria Financeira da holding e Conselhos de Administração, faz com que as negociações sejam um grande desafio para o Coletivo Nacional dos Eletricitários”, aponta Figueiroa.

Além da renovação integral dos Acordos Coletivos de Trabalho, a categoria eletricitária tem como reivindicação o reajuste de 100% da inflação pelo ICV-Dieese, mais 50% do índice a título de ganho real.

Figueiroa destaca que, como nos anos anteriores, a direção da empresa vai tentar impor uma série de retirada de direitos. “A Eletrobras determinou a todas as suas controladas uma redução de custos a níveis bastante consideráveis. A diretoria destas controladas já manifestou em relação ao assunto, afirmando que não possui “gorduras” pra queimar no MSO (material, serviços e outros). Portanto, como os planos de desligamento voluntário não estão atingindo os percentuais desejados, é fato que nas negociações dos Acordos, haverá inúmeras tentativas de retiradas de direitos”.

A Eletrobras que já reduziu o seu quadro de trabalhadores em mais de sete mil postos de trabalho, quer restringir ainda mais o número de eletricitários. A meta da estatal é o desligamento de outros 2.187 funcionários. Diante desse desmonte técnico, o CNE definiu em reunião de planejamento da Campanha Salarial exigir a garantia de empregos e retenção de conhecimento na data base da categoria.

Frente aos possíveis retrocessos, o dirigente do STIU-DF evidencia a imprescindível participação ativa de todos os trabalhadores e trabalhadoras nas assembleias, paralisações, piquetes, audiências, bem como nas redes sociais.

Fonte: Jornal Energia Alerta – Edição nº 43