Hoje, dirigentes sindicais do Sindinorte e CNE vão ao Rio de Janeiro conversar com a direção da Eletrobras sobre constantes práticas de assédio moral na Eletronorte.

Com o propósito claro de sanear a Eletronorte para privatizar a empresa, a gestão Wilson Pinto volta a mostrar as suas garras. Na terça-feira (12), a direção da Eletronorte convocou as trabalhadoras e trabalhadores para uma reunião no auditório da Eletronorte, em Brasília, para apresentar o Plano de Negócios e Gestão (PNG) 2019 a 2023. Na oportunidade, foi informada a pretensão em enxugar o quadro de pessoal em 350 pessoas.

Em clara manifestação de assédio moral, o comunicado da direção da Eletronorte foi feito em tom de terrorismo psicológico, causando medo, apatia e desânimo em centenas de profissionais.

Não é de hoje que a empresa tem se dirigido aos trabalhadores de maneira tão sórdida e sorrateira. As ameaças de desemprego, corte de direitos, ampliação de carga horária têm sido cada vez mais constantes e acintosas. O Sindinorte não aceitará esse tipo de posicionamento e tomará as medidas cabíveis.

A direção da Eletronorte tem manifestado que pretende reduzir custos na ordem de R$ 145 milhões e que pretende fazer isso sobre os trabalhadores. Coincidências a parte, logo depois da reunião com a categoria a Eletronorte divulgou que pretende se reunir novamente com os trabalhadores na próxima quinta-feira (14) para tratar do Plano de Demissão Consensual (PDC).

Nesse mesmo dia, dirigentes sindicais do Sindinorte e do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) estarão no Rio de Janeiro para se reunir com a direção da Eletrobras. Na ocasião, vão tratar desse e outros assuntos e cobrarão da empresa uma posição.

É inaceitável que trabalhadores com tantos anos de dedicação e experiência sejam tratados de forma tão sorrateira, sendo pressionados a aderir ao PDC para que a Eletronorte possa ser privatizada. No PDC para 923 empregados (30% dos elegíveis), somente 176 empregados aderiram ao Plano.

Querer a redução de Pessoal com a meta do CMDE de 350 empregados em 2019 e 350 empregados em 2020, pactuado entre os diretores da Eletronorte o Sr. Wilson Pinto, demonstra a irresponsabilidade da atual gestão com a Eletrobras. Nos últimos anos, mais de 7 mil trabalhadores foram demitidos da estatal.

Um sistema amplo como a Eletrobras, responsável pela geração de mais de 30% da energia do país, precisa de um corpo técnico capacitado, responsável e comprometido.

O ano de 2019 está começando, colocando na conta dos trabalhadores a redução dos custos da empresa, ameaçando com as demissões. Sabemos o que ocorre com as privatizações das empresas do Setor Elétrico, a redução de pessoal do quadro próprio, mas com aumento indiscriminado de empregados terceirizados com a redução de salários e a precarização das condições de trabalho.

SINDINORTE 14.02 – Dirigentes cobrarão da Eletrobras posição sobre prática de assédio moral