Em entrevista ao CB Poder na tarde desta terça-feira (15), o novo presidente da CEB, Edison Garcia, pode ter deixado dúvidas ao comentar a posição do Sindicato em relação à venda de ativos da CEB Geração. Certamente sem maldade, mas apenas por desconhecer o processo desde a origem. Dessa forma, o STIU-DF resolveu resgatar a história para esclarecer a questão.

Na entrevista, Garcia disse que “o Sindicato defende a venda de participações avaliadas em R$ 600 milhões”, se referindo aos ativos de Geração.

Vale lembrar que a entidade sindical, na década de 2000, se opunha à decisão da empresa de retirar recursos da Distribuição para investir em Geração de energia.

Alegávamos na época que a vocação da empresa sempre foi em Distribuição de energia e não em Geração. Por isso, sempre fomos contra esses investimentos. No entanto, a contragosto, a direção da CEB desconsiderou a posição da entidade sindical e seguiu em frente.

Essa decisão equivocada só serviu para aumentar a dívida da empresa. O resultado desses investimentos em Geração, que coincide com o início do desmonte da CEB Distribuição, é sentido até hoje pela população e especialmente pelas trabalhadoras e trabalhadores da CEB, que desde então sofrem com a falta de valorização e de investimentos.

Quando o Projeto de Lei 809/2015 começou a tramitar na Câmara Legislativa a entidade sindical apoiou, sim. Mas apoiou porque sempre foi contra esses empreendimentos. Apoiou porque, segundo PL, a venda desses ativos estava condicionada à finalidade de saldar dívidas da CEB Distribuição e fazer os investimentos necessários. Apoiamos a iniciativa apenas por essas razões. Inclusive, o PL foi aprovado e virou a Lei 5.577/15.

No entanto, se houver outras alternativas de aporte de recursos para a CEB Distribuição estamos abertos a fazer o debate com a nova diretoria.

É importante esclarecer essa questão para que não paire nenhuma dúvida sobre as nossas posições. Somos contra privatizações, assim como somos contra qualquer desperdício de dinheiro público.