Ao abrir a cerimônia de posse da nova diretoria da Furcen, que aconteceu no STIU-DF nesta sexta-feira (7), a dirigente Fabiola Antezana fez um breve resgate do processo de organização sindical da categoria urbanitária.

Ela lembrou que a primeira representação a nível nacional da categoria começou com a Federação Nacional dos Urbanitários, fundada em 1951. Passados 67 anos, os trabalhadores criaram, em 2009, a Federação dos Urbanitários do Nordeste (Frune). Em 2015, a Federação do Centro-Oeste e Tocantins (Furcen), que recebeu a carta sindical este ano.

Em 2018, os trabalhadores criaram a Federação dos Urbanitários do Sudeste (Fruse). O propósito de toda essa organização, segundo Fabiola, é consolidar a categoria urbanitária em todo o País na Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU).

Unidade da classe trabalhadora

Ao deixar a Presidência da entidade, o então presidente da Furcen, Cleiton Moreira, destacou a importância de se continuar organizando a luta dos trabalhadores, não somente enquanto categoria, mas como classe trabalhadora.

“Não são os direitos de apenas uns trabalhadores que estão em jogo, mas sim os direitos de todos. Nesse sentido, a Federação nasce num momento de luta muito importante. Temos pela frente um futuro bastante complicado para a classe trabalhadora, inclusive sem Ministério do Trabalho no próximo governo”, criticou.

Moreira também destacou a grande capacidade de luta da categoria, que conseguiu reunir na cerimônia de posse da nova diretoria da Furcen diferentes centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Intersindical e CSP Conlutas.

O deputado distrital Chico Vigilante (PT) também criticou o fim do ministério do Trabalho, que completou 88 anos em 2018. Segundo o parlamentar, poucas pessoas são capazes de entender o momento político que estamos vivendo.

“Em 64 tivemos uma ditadura que todo mundo sabia o que seria. Mas a partir de janeiro do ano que vem temos apenas uma noção do que será. Lá no golpe militar, ainda sim mantiveram o Ministério da Previdência e do Trabalho e colocaram quadros qualificados para dirigir a pasta. Agora, esses que estão chegando, têm o objetivo claro de destruir a previdência e as relações de trabalho”, avalia o parlamentar.

“Ou a gente forma as trabalhadoras e trabalhadores para que compreendam o que estamos vivendo ou não teremos mais futuro”, finalizou.