Começou nesta segunda-feira, 3, o movimento grevista dos trabalhadores e trabalhadoras da Companhia Energética de Brasília – CEB. A categoria está em campanha salarial desde o dia primeiro de novembro e sem avanços significativos nas negociações para o novo acordo coletivo foi aprovada, em assembleia, a greve dos cebianos.

No último dia 29, a categoria rejeitou em assembleia a terceira proposta apresentada pela direção da CEB. O termo da CEB ao ACT 2018/2019 previa o reajuste dos salários em R$ 337,65 de forma linear, correspondente a 100% do INPC. No entanto, a empresa negou o reajuste das demais cláusulas econômicas como adicional de condutor e vale alimentação. Para o STIU-DF, a direção da CEB precisa ampliar a proposta. “A categoria requer ao menos o pagamento de um abono especial temporário”.

“Ao longo da gestão, a atual direção da CEB teve um aumento superior a 35% na remuneração. Os eletricistas da empresa, que correm riscos diários, recebem em média R$ 1.800 por mês, o reajuste do INPC representa 4% nos salários destes trabalhadores, nada mais justo que os trabalhadores recebam um abono para recompor as perdas do último período”, destacou o dirigente da entidade, Alaiton Faria.

Serviços essenciais

O STIU-DF informou em assembleia realizada hoje que encaminhou nos dias 26 e 29 de novembro ofício à direção da CEB para negociação do efetivo para atendimento dos serviços essenciais da Companhia. No entanto, a empresa não se dispôs a negociar, apostando numa decisão de Interdito Proibitório emitida em 2015, onde havia a determinação da abertura dos portões da empresa.

De acordo coma direção do Sindicato, os trabalhadores não estão impedidos de acessar a empresa. “A categoria não entrou para trabalhar por entender que a empresa está sendo inflexível em apresentar uma proposta que atenda, minimamente, as reivindicações dos cebianos. Os trabalhadores estão conscientes de que a nossa luta é necessária e legítima”. A entidade sindical destaca que cerca de 95% da categoria aderiu o movimento grevista.

A direção do STIU-DF ressaltou que a greve não tem como intuito prejudicar a população do Distrito Federal. “A paralisação tem como objetivo manter e avançar nos direitos dos trabalhadores que vem sendo constantemente atacados com a tentativa de retroceder com o acordo coletivo da categoria”.