Para reformar a Previdência Social, uma das dez propostas estudadas pela equipe econômica de Jair Bolsonaro (PSL), primeiro militar eleito após a redemocratização do Brasil, é o sistema de capitalização.

Esse sistema de privatização da Previdência Social foi implementado no Chile, no início da década de 80, durante o governo do ditador Augusto Pinochet.

Por esse modelo de capitalização, cada trabalhador contribui isoladamente para si mesmo. O sistema funciona assim, cada trabalhador faz a sua própria poupança. O dinheiro fica depositado numa conta individual, enquanto é administrado por empresas privadas que podem investir no mercado financeiro.

O problema é que os trabalhadores que recebem salários mais baixos acumulam pouco recurso ao longo da vida laboral. Além disso, os rendimentos desses recursos ficam abaixo de outros tipos de investimentos.

Atualmente, o governo chileno de centro-direita de Sebástian Piñera estuda uma forma de alterar esse modelo. O motivo da reformulação deve-se ao empobrecimento das pessoas que estão chegando a aposentaria. Alguns aposentados chegam a receber 30% do salário que recebiam na ativa.

O salário mínimo no Chile é de aproximadamente 264 mil pesos (cerca de R$ 1.226.20). No entanto, segundo reportagem da BBC Brasil, 90,9% dos aposentados estão recebendo quase a metade do salário mínimo, 149.435 pesos (R$ 694,08).

Com a privatização da Previdência, os trabalhadores chilenos são obrigados a depositar pelo menos 10% do salário por no mínimo 20 anos para se aposentar. A idade mínima para mulheres é 60 e para homens, 65.