A segunda reunião de trabalho da Comissão de Reforma Política do Senado discutiu no dia 17 três temas específicos e a bancada petista posicionou-se a favor do fim da reeleição, prazo de cinco anos para os cargos do Poder Executivo e a manutenção do voto compulsório.

Para a senadora Ana Rita (PT-ES), o voto é uma ferramenta importante para a população.

O líder do PT e do Bloco de Apoio ao Governo, Humberto Costa (PE), disse ter concluído que o voto obrigatório é um exercício de cidadania principalmente daquelas pessoas mais humildes.

“Se engana quem pensa que o poder econômico também não influencia no voto facultativo. Pode-se pagar para a pessoa não ir votar e pode-se pagar para a pessoa votar. O problema não chega nem na fila de votação”, afirmou.

Humberto Costa disse que o voto obrigatório já está incorporado na cultura do povo brasileiro do ponto de vista político e aquelas pessoas que não desejam se manifestar podem hoje optar pelo voto nulo ou pela abstenção, como forma de protesto.

“As eleições geram debates na sociedade e é enorme o percentual de pessoas que assistem aos programas eleitorais na tevê. No dia da eleição, as pessoas mais simples vestem suas melhores roupas para exercer seu direito de cidadania”, afirmou.

A defesa de Humberto mudou o posicionamento do senador Eduardo Braga (PMDB-AM).

“Estava propenso a defender o voto facultativo, mas o líder do PT demonstrou o que é uma situação real, o poder econômico nos grotões pode causar a manipulação dos votos no transporte eleitoral, levar ou não levar para o cidadão votar”, disse ele, ao defender o voto obrigatório.

O senador Wellington Dias (PI) e a senadora Ana Rita também fizeram uma defesa do fim da reeleição e aumento do prazo dos mandatos no Poder Executivo para cinco anos e pela redução o prazo de mandato dos senadores, dos atuais oito anos para cinco anos.

(Assessoria de Imprensa da Liderança do PT no Senado, 31.03.11)