Primeiro roubam as flores do jardim, depois arrancam tudo, inclusive a nossa voz. Na primeira noite se aproximam co m discurso de eficiência e começam a falar mal da empresa. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem: pisam na história da empresa, xingam os trabalhadores e gerentes de vagabundos e inúteis. E não dizemos nada.
Na terceira noite, já bem folgados e com apoios subservientes, vendem as distribuidoras, e não dizemos nada. Na quarta noite, obcecados pela sanha entreguista, vendem a preço de banana as Sociedades de Propósitos Específicos (SPEs) – excelentes negócios para empresas privadas. E não dizemos nada.
Venda das (SPEs): bom para o capital privado, ruim para a Eletrobras
A partir do final do anos 90, a Eletrobras e suas subsidiárias passaram a investir no setor elétrico brasileiro através de parcerias com empresas privadas, mediante a constituição de Sociedades de Propósitos Específicos (SPE´s).
A maioria dos empreendimentos estruturantes do setor contaram com a participação da Eletrobras e suas subsidiárias. Sem a participação decisiva e segura da Eletrobras, muitas regiões do país não teriam suas demandas atendidas, pois não contariam com o espírito público do empresariado privado. Este espírito público somente apareceu a partir do momento em que a Eletrobras entrou nos projetos, trazendo conhecimento técnico, recursos, segurança e mitigação de riscos.
Agora, depois de muito trabalho, dificuldades e sacrifícios, quando os empreendimentos estão prontos e na hora de colher os resultados, o Senhor Wilson Pinto Junior, chega para vender e alienar a preços de banana as SPEs. Triste momento para a Eletrobras, para suas subsidiárias e para os(as) seus(suas) trabalhadores(as), e felicidades para os compradores privados.