Em protesto à política econômica do governo de Maurício Macri, que resultou em privatizações, aumento da inflação e desemprego de milhões de pessoas, trabalhadoras e trabalhadoras na Argentina cruzaram os braços novamente a partir da meia noite desta terça-feira (25). É a quarta greve geral que o governo argentino enfrenta em meio à crise fiscal.

A paralisação foi convocada pela principal Central Sindical da Argentina, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), que teve a adesão de trabalhadores de várias áreas: aeroviários, rodoviários, metroviários e trens; bancos; comércio; escolas; universidades e serviços públicos em geral, como coleta de lixo.

Desde ontem, os trabalhadores do metrô paralisaram as atividades, o que deve acontecer também nesta quarta-feira (26). Na aviação civil, praticamente todos os vôos domésticos foram cancelados. Os caminhoneiros também estão parados.

Inicialmente, a greve não visava manifestações de rua. Mas com a mobilização de partidos de esquerda e organizações sociais, milhares de pessoas se concentraram em vários pontos do país.

Na opinião de um dos dirigentes da CGT, a vida dos trabalhadores na Argentina está caótica. “O governo precisa mudar de rumo. Essas políticas estão levando o país a beira de um colapso”, disse Héctor Daer.

O presidente argentino Macri, assim como Michel Temer, está em Nova York, reunido com investidores e banqueiros.