Rio de Janeiro – O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, garantiu nesta segunda-feira (28/3) que a “energia elétrica não é mais um gargalo” e disse que há excedente para alimentar um crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) de 7% ao ano até 2014.

Durante o 1º Seminário Sobre Matriz Energética no Brasil, no Rio, Tolmasquim explicou que a previsão é de que, entre 2011 e 2012, o excedente de energia fique entre 3 mil e 3,5 mil megawatts médios. O montante excedente equivale a uma taxa entre 5% e 5,5% da carga total.

Para 2013 e 2014, considerando o que foi contratado e a construção de usinas, o excedente deve variar entre 5 mil e 5,7 mil megawatts médios. Para o período, Tolmasquim calcula um excedente entre 6,8% e 7,1% da carga gerada no país.

“O Brasil pode crescer 7% ao ano. A energia não é mais um gargalo. Até 2019, 70% do que a gente precisa para os próximos dez anos estão contratados”, declarou.

O presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner Moreira, reforçou que não faltará energia para manter um crescimento médio da economia de 8% ao ano.

“Estamos planejados para atender o crescimento de 5% ao ano, mas, se crescer 8% não faltará energia. Temos todo o planejamento para acréscimo de contratações”, disse.

No entanto, o diretor da Aneel destacou que são necessários avanços técnicos nas áreas de distribuição e transmissão de energia. “O Brasil não tem como conviver com apagões”, afirmou em referência ao blecaute ocorrido na Região Nordeste no começo do ano.

(Agência Brasil)