Em sabatina no Encontro com Presidenciáveis, promovida pela Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (Anafe) nesta quinta-feira (6), o candidato Fernando Haddad (PT) disse que não privatizará empresas estratégicas ao desenvolvimento nacional.

Segundo ele, empresas como Eletrobras, Petrobras, Caixa Econômica e Banco do Brasil não serão privatizadas. “Nós não vamos vender essas empresas que cumprem um papel importante para o desenvolvimento do Brasil, pelo contrário, vamos fortalecê-las ainda mais”, disse.

Ao falar sobre a política que vem sendo implementada pelo governo Temer na Petrobras, Haddad criticou o que, segundo ele, está sendo uma privatização branca.

“A Petrobras, empresa extremamente importante para o desenvolvimento nacional, está sendo vendida numa forma disfarçada de privatização. Muitos ativos da empresa já foram alienados”, disse.

Economia

Por meio de vídeo enviado previamente, o presidente da Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa Econômica (Fenae), Jair Ferreira, perguntou ao candidato o que o seu governo fará com o banco estatal Caixa se for eleito.

De acordo com Haddad, tanto os bancos públicos quanto os privados terão que se adequar as novas regras, que valerão para todos.

“Vamos fazer uma reforma bancária geral e o diferencial de juros nós vamos regular de uma maneira geral, pois queremos trazer os spreads bancários para baixo. O banqueiro que reduzir os juros vai pagar menos impostos. Isso levará a uma redução proporcional entre o que ele lucra e o que se paga de imposto. Dessa forma, quem cobrar acima da média vai pagar mais impostos”, disse.

O candidato também se comprometeu em estimular cooperativas de crédito assim como outras formas alternativas de intermediação financeira para estimular a tomada de crédito pela população para que o País volte a crescer.

O presidente da Anaf, Marcelino Rodrigues, perguntou ao candidato qual seria a posição dele sobre quais medidas iria tomar para que o sistema tributário seja mais justo e racional.

Haddad destacou alguns pontos da reforma tributária que pretende fazer. Segundo ele, será feito um novo sistema tributário e na transição de um modelo para outro vai garantir que estados e municípios não percam receita real.

“Vamos abaixar as alíquotas de dezenas de tributos em proveito de um único de valor agregado, que equalize o sistema tributário brasileiro”, disse.

Haddad também propôs o não pagamento de imposto de renda para os trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos.

Sobre a incidência de imposto sobre todos os produtos consumidos, a regressividade, Haddad pontuou que esse problema será corrigido no imposto de renda ou no imposto sobre patrimônio. Destacou ainda que os dividendos (lucro líquido das empresas) voltarão a ser tributáveis. “É isso que está em nosso programa, é isso que vamos fazer”.

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