A luta pelo fechamento do ACT 2018-201 mostrou o grau de amadurecimento dos trabalhadores do Sistema Eletrobras, que mesmo diante de todas as dificuldades se mobilizaram em suas empresas e foram à luta. As direções sindicais e o CNE trabalharam unidos, fazendo com que as nossas principais cláusulas fossem mantidas, garantimos o INPC, que é o índice determinado pelo governo as estatais. E que é maior que o tem se alcançado nas decisões do TST quando se instaura o dissídio coletivo.

O CNE parabeniza cada trabalhador que acreditou na importância de se garantir um acordo justo, que continua mobilizado agora para defender a privatização da empresa.

O momento é de extrema gravidade, é preciso enfrentar o inimigo interno que é o presidente Pinto Júnior, como também os interesses do capital financeiro internacional que joga pesado para controlar nossas empresas estratégicas. Portanto, mais do que nunca a unidade será fator fundamental nesse processo de resistência.

O CNE convoca cada companheiro e companheira a continuar repetindo: Fora Pinto, renúncia Já! O coletivo vai continuar intensificando suas ações, inclusive com outdoors nas cidades, com o intuito de alertar a sociedade como um todo sobre o que representa a privatização do Sistema Eletrobras.

Gestores puxa-sacos da Eletrosul deveriam ter vergonha em elogiar Wilson Pinto

É no mínimo revoltante a atitude dos gestores da Eletrosul que soltaram nota oficial condenando a manifestação dos trabalhadores contra a presença de Pinto Júnior na celebração do aniversário da empresa. Como é possível defender o homem que trabalha diuturnamente no projeto de destruição do Sistema Eletrobras? Isso é coisa de legítimos puxa-sacos, pois o que está em jogo é a sobrevivência da maior empresa de energia da América Latina, que garante a soberania energética do Brasil, através do desenvolvimento econômico e social de um país com dimensões continentais, de realidades extremas.

Os trabalhadores da Eletrosul tem consciência do momento grave por qual o setor elétrico estatal passa, por isso condenam com veemência a gestão entreguista de Pinto Júnior, como a venda irresponsável das SPE’s, a contratação de consultoria de comunicação “estratégica” para trabalhar contra a imagem da Eletrobras, a complacência e a manutenção de situações de conflitos de interesses no seio do Conselho de Administração. Dentre outras ações empreendidas pelo pior presidente que a Holding já teve.

Cabe aqui uma moção desonrosa à Diretoria da Eletrosul e à ocasião que o senhor Wilson Pinho Junior assediou os trabalhadores e trabalhadoras, chamando-os de vagabundo e inúteis, não tiveram a hombridade de virem a público, em conjunto, para defender sua dignidade e a capacidade técnica de cada companheiro e companheira. É importante lembrar a estes gestores puxa-sacos que se houver a privatização muitos deles estarão na lista dos demitidos. Por isso, mais cuidado na hora de elogiar quem pode te demitir. Fica a reflexão.

CNE vai apurar denúncia sobre o caso da mudança da sede da Eletronuclear

Se não bastasse a péssima gestão a frente da Eletrobras, onde trabalha sem parar para destruir a imagem da própria empresa, seja contratando uma empresa de comunicação por um valor astronômico, ou indo para mídia chamar os trabalhadores de vagabundos, existe uma informação circulando, e que precisa se apurada, que o Sr. Pinto Júnior, vem se colocando como uma espécie de agente imobiliário.

Segundo denúncia recebida pelo CNE o prédio onde funciona a sede Eletronuclear, no Centro do Rio de Janeiro, teve seu contrato de locação renovado ano passado por mais 10 anos, com redução dos valores da locação em 50%. Porém, segundo a informação que está sendo apurada pelo coletivo, esse contrato está sendo cancelado pelo Sr. Pinto Júnior, fato que levará a Eletrobras a pagar uma multa gigantesca ao proprietário do imóvel, um prejuízo de cerca de 40 milhões de reais. Essa manobra ardilosa se for confirmada, visa levar todos os empregados da Eletronuclear para o atual prédio da sede da Eletrobras, cujo aluguel é muito mais caro.

Caso estas informações se confirmem, é no mínimo suspeito aconteça esse tipo de interferência em questões imobiliárias, afinal quais são interesses em jogo? Onde está a gestão profissional?

Essas ações deixam rastros e o CNE vai investigar a fundo para descobrir se existe alguma irregularidade. Caso seja descoberta alguma ação que onere os cofres da Eletrobras vamos encaminhar denúncia a todos os órgãos responsáveis, bem como, vamos buscar as vias judiciais para resguardar a empresa.

BOLETIM CNE 26 06 2018