O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maurício José Godinho Delgado, relator do dissídio coletivo de greve proposto pela direção da Eletrobras, reconheceu nesta quarta-feira (13) que a paralisação de 72 horas contra o processo de privatização da empresa está de acordo com a Lei.

Delgado também determinou que a direção da Eletrobras forneça às entidades sindicais “o quantitativo e escala das trabalhadoras e trabalhadores em serviço”.

A categoria havia relatado ao ministro que estava tendo dificuldades em cumprir plenamente a decisão de manter o quorum determinado pelo TST durante a paralisação porque a empresa estava sonegando a lista referente ao quantitativo necessário para atender os serviços essenciais.

Desde segunda-feira passada (11), a categoria está em greve contra a proposta de privatização da Eletrobras. Além disso, os trabalhadores pedem a saída do presidente da empresa, Wilson Pinto.

“Essa é mais uma vitória da categoria eletricitária. Chegamos ao 3º dia de paralisação cumprindo o que determina a Lei e o ministro do TST reconheceu a legitimidade do nosso movimento”, comemorou o dirigente sindical do STIU-DF, Victor Frota.

Segundo Victor, o papel da categoria tem sido fundamental nesse processo. “Além de mobilizados estamos conseguindo chamar a atenção da sociedade sobre o ato criminoso que o governo Michel Temer e seus aliados estão querendo fazer com a Eletrobras, propondo a privatização da maior empresa de energia elétrica da América Latina”, aponta.

“Se a Eletrobras vier a ser privatizada, a consequência disso para a população será contas de luz ainda mais caras. Não podemos aceitar isso”, acrescenta.

Ontem, os trabalhadores promoveram um twitaço com a hashtag #forawilsonpinto, que alcançou a 2ª colocação nos assuntos mais comentados no Brasil.