O Presidente Wilson Pinto Junior tem se esforçado para destruir a Eletrobras e vendê-la a preço de banana. Para tanto, tem o apoio do Ministério de Minas e Energia e dos grandes fundos de investimento nacionais e estrangeiros que patrocinam o projeto de privatização.

Mas é preciso que o presidente da Eletrobras e ao atual ministro do MME, Moreira Franco, saibam que uma estrutura construída sob bases sólidas por trabalhadores e trabalhadoras brasileiras ao longo de mais de 50 anos não se destrói facilmente.

Wilson Pinto Junior ainda atribui a alta das ações da Empresa à sua entrada na presidência, quando todos sabem que as ações subiram pelo reconhecimento da RBSE, fruto de um trabalho da gestão anterior e dos qualificados trabalhadores e trabalhadoras da Eletrobras junto a agência reguladora.

A primeira vista a redução do lucro da Empresa que, passou de R$ 1.378 milhões no primeiro trimestre de 2017 (1T17) para  R$ 56 milhões no primeiro trimestre de 2018 (1T18), parece mostrar que ela está prestes a entrar em colapso. Mas essa primeira impressão é absolutamente falsa!

É preciso ter claro que o projeto de lei da privatização da Eletrobras, o PL 9.463, trata apenas da privatização de suas usinas e linhas de transmissão, ou seja, dos segmentos de geração e transmissão. Esse projeto de lei atinge o conjunto de empresas formado por Furnas, Chesf, Eletronorte, Eletrosul, Amazonas Geração e Transmissão, CGTEE, Cepel e Eletropar e exclui as usinas de Itaipu e Eletronuclear.

E qual o resultado financeiro desse grupo de empresas? Elas são lucrativas?

Esse conjunto de empresas apresentou um lucro de R$ 1,1 bilhão no 1º trimestre de 2018, em linha com o lucro de R$1,1 bilhão apresentado no mesmo trimestre do ano passado. Lembrando que para o ano de 2017 o lucro foi de R$ 3,3 bilhões e em 2016 de R$ 16 bilhões.

Ora, essas empresas vêm apresentando lucros consecutivos, logo, são substancialmente lucrativas, economicamente sustentáveis. Portanto, do ponto de vista dos brasileiros e brasileiras, os verdadeiros donos das empresas, não existem razões econômico-financeiras para privatizá-las. Contra fatos, não há argumentos.

Sendo assim, tudo indica que os oportunistas que pretendem doar a Empresa, parecem ter motivos particulares para levar adiante esse projeto anti-nacional.

Os trabalhadores e trabalhadoras da Eletrobras têm o dever de defendê-la e esclarecer a todos, nesse debate permeado de mentiras.

As usinas e linhas de transmissão da Eletrobras são lucrativas, ainda que essa não seja a razão fundamental de suas existência, mas sim o de garantia do direito de acesso à energia elétrica ao conjunto da população a preços muito mais justos do que os praticados pela concorrência.

Fonte: Associação dos Empregados da Eletrobras – Aeel