Na busca de uma saída contra os retrocessos colocados pelo governo de Michel Temer para as empresas estatais e a classe trabalhadora, representantes de entidades sindicais e de movimentos populares se reuniram, nesta terça-feira, 15, em uma plenária ampliada onde definiram um plano de lutas unitário em defesa do patrimônio público e da soberania nacional.

Para o representante da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Nailor Gatto, o processo de desmonte das estatais atinge dezenas de categorias. Ele enfatizou a urgente necessidade de reorganização e coesão de todos os trabalhadores na luta contra a ofensiva neoliberal. “Essa é uma luta da classe trabalhadora, temos que ocupar as ruas”, evidenciou.

Na ocasião, o representante do Movimento dos Atingidos Por Barragens (MAB), Derlane Santos, ressaltou a necessidade da construção de uma estratégia para o país com um projeto da classe trabalhadora. Além disso, enfatizou a necessidade do trabalho de base com a população para desmascarar as informações do governo quanto à privatização da Eletrobras e das demais empresas públicas.

“O pacote de privatização é a política de expansão do capital. Agora é preciso que os enfrentamentos sejam mais acirrados”, destacou Santos.

O petroleiro e secretário Nacional de Comunicação da CUT, Roni Barbosa, frisou a importância da comunicação sindical como instrumento de luta para desconstrução do discurso hegemônico da mídia comercial.

Para Barbosa, com a atual conjuntura, a defesa do patrimônio público não deve ser individual, de cada categoria ou sindicato. “A pauta é nacional”, destaca. Ele acrescentou ainda que a disputa, além da comunicação, deve ser feita no campo parlamentar, jurídico e sindical.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) parabenizou as entidades pela ampliação e unidade na defesa das empresas públicas. Para ela, “o governo Temer serve de ventríloquo a um projeto que está invadindo e saqueando o brasil”, disse.

Entre as diretrizes definidas estão a integração das assessorias de comunicação, unificação do calendário de lutas e, principalmente, trabalho de base nas escolas, associações e comunidades.

Participaram da Plenária o Sindicato dos Urbanitários no DF (STIU-DF), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Federação Única dos Petroleiros (FUP), Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Levante Popular da Juventude, entre outras.