Os dirigentes sindicais do STIU-DF se reuniram em assembleia informativa nesta terça-feira (20) com a categoria na Eletronorte para balizar as trabalhadoras e trabalhadores sobre vários assuntos. Entre eles campanha salarial, PLR, 13º, privatização, CPI e referendo.

Ao falar sobre a primeira rodada de negociação que ocorreu no dia 15 passado, o dirigente Flávio Figueiroa destacou que a Comissão de Negociação não levou nada para a mesa.

Por outro lado, a Eletrobras aceitou o pedido das entidades sindicais que compõem o Conselho Nacional dos Eletricitários (CNE) para prorrogar por 30 dias o ACT, que venceria no dia 30 de abril e assim continuar a negociação até 30 de maio. Isso porque a súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que previa essa garantia foi suspensa pelo STF.

Em relação à PLR, informou que a Comissão Paritária não se reúne desde que Temer assumiu a Presidência. “Quando recebermos os relatórios entregaremos para o nosso Jurídico. Se estiver tudo certo assinamos, do contrário não tem acordo”, avalia.

Sobre o adiantamento de 50% do 13º, Figueiroa disse que a Eletrobras autorizou as empresas a fazerem o pagamento, desde que tenham dinheiro em caixa. O diretor de Gestão da Eletronorte informou que a empresa tem o recurso. “Mas como a folha de pagamento já foi fechada, o benefício ou será pago em folha suplementar ou no próximo mês”, aponta Figueiroa.

Privatização  

A dirigente sindical Fabiola Antezana destacou as articulações que estão sendo feita no Congresso e junto a ONGs, movimentos sociais, fundações e outras organizações contra o processo de privatização que está colocado na Eletrobras.

Fabiola ressaltou que o movimento de combate a privatização está ganhando cada vez mais força e visibilidade. Isso graças as articulações e a postura combativa de vários trabalhadores, em todo o País, que estão atuando na internet, no trabalho e na sociedade.

“Estamos conseguindo virar o jogo. Este é um ano eleitoral e dificilmente se vota pautas sensíveis. A própria formação da Comissão Especial que vai analisar o PL da privatização foi muito difícil de ser aberta, porque os parlamentares não querem se expor. No entanto, precisamos continuar essa luta com toda a intensidade possível”, alerta Fabiola.

A dirigente também informou da realização do Fórum Alternativo Mundial da Água, que começou no dia 17 e termina no dia 22. O Fama está sendo realizado em Brasília, no Parque da Cidade. A categoria eletricitária está tentando articular junto aos movimento sociais um ato nesta terça em frente a Eletrobras e no Ministério de Minas e Energia contra a privatização.

CPI e Referendo

O dirigente sindical Íkaro Chaves frisou a quantidade de assinaturas de parlamentares para o referendo popular sobre a privatização da Eletrobras. “Dos 513 deputados, conseguimos 324 assinaturas. Isso daria para fazer uma emenda constitucional”, alerta. “Agora estamos aguardando o presidente da Câmara colocar o PDC em pauta para que a população possa se manifestar sobre esse processo”, acrescenta.

Íkaro também destacou o manifesto feito pela categoria e que está sendo entregue aos presidenciáveis. Disse que tanto Ciro Gomes quanto Manuela Dávila receberam a iniciativa muito bem.

Em relação à CPI, a Comissão já tem o número de assinaturas, mas está tendo dificuldades para ser implementada. “Uma CPI como essa pega muita gente graúda que sempre ganhou muito dinheiro no setor elétrico, por isso há muita resistência de alguns setores”, disse Íkaro. “Mas continuamos firmes nessa luta também porque ela é muito importante”, finalizou.