Parabéns a todos os trabalhadores e trabalhadoras da Eletronorte que participaram ativamente desta mobilização. Essa disposição de luta é que fez com que conseguíssemos superar 2017 e que fará com que tenhamos sucesso ao final. Nossa próxima tarefa é estar a postos para os dias 20 e 21. A pressão não pode parar. As próximas mobilizações serão no aeroporto e no Congresso.

A Assembleia Geral Extraordinária (AGE) 170 dos acionistas da Eletrobras que determinou a venda das distribuidoras de energia entra para a história como uma assembleia caricata e de inúmeras irregularidades e contradições.

A mobilização e a disposição de luta dos trabalhadores e trabalhadoras da sede da Eletronorte, somadas ao apoio recebido dos movimentos sociais locais fizeram com que a AGE se tornasse um espetáculo que, se não fosse pelo resultado trágico, seria cômico.

A mobilização iniciou logo pela manhã, ao término da assembleia da categoria eletricitária. Uma mobilização ordeira, pacífica, baseada no diálogo, como é a praxe do nosso sindicato e do CNE.

Durante o processo, a negociação se deu com a Eletrobras, Eletronorte, Polícia Militar, Polícia Federal, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. Os dois acessos ao auditório tinham trabalhadores e trabalhadoras mobilizados, o que resultou no atraso da AGE, que acabou iniciando por volta das 17h15m.

A condução se deu por teleconferência, uma situação inusitada e bastante controversa. Absurdo foi o impedimento, por parte da própria Eletrobras e Eletronorte, do representante minoritário da Associação dos Empregados da Eletrobras.

A AGE aceitava as participações virtuais, mas quem estava lá presencialmente para participar foi impedido pelas empresas de registrar seu voto. Nem o oficial de justiça presente no local foi suficiente para garantir a entrada do representante e dirigente sindical, Emanuel Mendes, no auditório onde se realizava a audiência.

Foi cômica a cena dos oficiais de justiça. Chamados para intimar o STIU-DF por obstrução ao local da assembleia, constataram que não eram os trabalhadores(as) que impediam o acesso ao auditório, mas a própria empresa.

Outro ponto questionável foi o voto da União no processo, contrariando frontalmente a documentação encaminhada na proposta do Conselho de Administração, por meio de três relatórios distintos, que demonstravam que a venda das empresas distribuidoras acarretaria à Eletrobras uma dívida de R$ 11,2 bilhões.

Apesar deste resultado da AGE, a mobilização dos trabalhadores(as) foi fundamental para escancarar uma série de irregularidades, que serão questionadas judicialmente.

Atuação parlamentar

Os deputados distritais Chico Vigilante e Ricardo Vale estiveram no local para ajudar nas negociações com a Eletrobras. A deputada federal Erika Kokay acompanhou ativamente o desenrolar da AGE e ficou presente até o final. Tomou anotações para o embate que se dará na Câmara. Já convocou uma reunião com todas as frentes ligadas ao setor para uma reunião de planejamento. O senador Hélio José também ajudou no processo de negociação com a empresa. Anunciou que protocolou o requerimento da CPI do Setor Elétrico, que agora deve ser lido no Plenário do Senado para seguir para sua instalação.

 

HOJE TEM ASSEMBLEIA, ÀS 9h, NA ENTRADA PRINCIPAL, 1º SS

1 – Informes;

2 – AGE Eletrobras: próximos passos;

3 – Dia Nacional de Mobilização (19.02);

4 – Assuntos Gerais

 

Nota 03/2018