Unidade. Essa foi uma das palavras mais faladas na assembleia informativa realizada nesta sexta-feira (20), na CEB/SIA, sobre a Campanha Salarial 2017. Dirigentes sindicais, delegados, trabalhadoras e trabalhadores destacaram os aspectos positivos da categoria em momentos decisivos. Todos foram unânimes: os cebianos são fortes, responsáveis, têm grande potencial de união e possuem um sindicato bastante atuante. Por isso é muito importante saber aproveitar essas características.

O diretor do STIU-DF, Alairton Gomes, ao falar sobre as quatro rodadas de negociação realizadas até agora, destacou que a CEB não aceitou nenhuma cláusula nova e não avançou em nada nas cláusulas sociais. Informou que na próxima terça-feira (24) está prevista a 5ª rodada de negociação, oportunidade em que será apresentada a proposta econômica.

“Não teremos vida fácil nessa Campanha Salarial. Pelo que estamos vendo a luta será o único caminho, uma vez que até o presente momento não há vontade por parte da empresa em valorizar o trabalhador”, disse Alairton. O diretor destacou ainda a interferência política do GDF na Campanha Salarial, uma vez que qualquer proposta apresentada na Data-Base deverá ser submetida à área de governança do GDF.

Outros informes

O tema privatização também foi abordado. O diretor José Edmilson discorreu sobre as ações que estão sendo feitas para tentar reverter a tentativa de venda do patrimônio público brasileiro. Ele entende que, se no âmbito nacional esse cenário avançar, a categoria na CEB pode sofrer as consequências também.

“Temos feito seminários, audiências públicas, debates e reuniões com os parlamentares. Entendemos que se não houver uma mudança no cenário político nacional será muito difícil reverter esse cenário de privatização”, aponta.

O dirigente sindical Edgard Oliveira abordou o questionamento dos trabalhadores e trabalhadoras que não estão recebendo a periculosidade sobre o condutor autorizado e o auxílio transporte.

Disse que o assunto foi tratado nas rodadas de negociação e que a empresa está se respaldando na Lei 12740/12, que mudou as regras para o pagamento da periculosidade e passou a incidir apenas sobre o salário base. “Se durante a Campanha não conseguirmos uma solução vamos buscar outros meios”.

O diretor de Benefício da Faceb, João Carlos, aproveitou para prestar esclarecimentos sobre o equacionamento do déficit da fundação. Segundo ele, a patrocinadora deveria arcar com 50% da dívida e não 34% como está se propondo. “Meu encaminhamento foi contrário a isso”, disse afirmando ter se embasado em parecer. “O nosso mandato é de resistência e sobretudo visando os interesses dos participantes e não na lógica do mercado”, frisou.

Com unidade podemos avançar e conquistar uma Data-Base justa!