Sem contar com futuros investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a pasta mais polpuda do Governo de Agnelo Queiroz será a da Educação. A secretaria de Regina Vinhais, indicada pelo próprio governador, terá neste ano R$ 3 bilhões para trabalhar, recursos vindos diretamente do Tesouro do Distrito Federal. A segunda pasta em peso econômico também está nas mãos de alguém de confiança de Agnelo: capitaneada por Rafael Barbosa, amigo pessoal do governador, a Secretaria de Saúde terá nos cofres R$ 2,6 bilhões.

O Orçamento total do DF terá R$ 15 bilhões vindos do Tesouro. Outro R$ 1,8 bilhão virá de investimentos das estatais. A conta fecha com os recursos do Fundo Constitucional, que neste ano estão próximos a R$ 8,7 bilhões. Assim, o DF terá um Orçamento de, aproximadamente, R$ 25,6 bilhões.

O Jornal de Brasília teve acesso à planilha do Orçamento do DF para 2011 (veja o detalhamento do quinhão de cada secretaria e região administrativa nas páginas 2 e 3).

Na trilha dos recursos públicos, a pasta de Obras também chama a atenção, com R$ 1,3 bilhão vindos apenas do Tesouro. Mas com os recursos federais que deverão chegar ao DF, a pasta gerenciada por Luiz Carlos Pitiman (PMDB) poderá ter um poder de fogo econômico muito maior.

O PMDB, aliás, também detém outra pasta farta em verbas, a de Transportes. Para 2011, a secretaria de José Walter Vazquez terá R$ 1,4 bilhão para aplicar.

O PT também terá algumas pastas economicamente fortes. Uma delas a Secretaria de Governo, gerenciada por Paulo Tadeu (PT). Vai dispor de R$ 403 milhões e influência nos orçamentos das administrações regionais. Já a nova secretária de Desenvolvimento Social, Arlete Sampaio (PT), vai contar com R$ 384 milhões. E assim como Pitiman, ela poderá ver sua pasta receber mais poder de investimento com recursos dos programas federais de transferência de renda.

Entre os demais membros da base governista, o secretário de Justiça, Alírio Neto (PPS), terá em caixa R$ 212 milhões. A frente das secretarias de Agricultura, Turismo e Ciência e Tecnologia, o PSB irá gerenciar pouco mais de R$ 300 milhões. O orçamento das novas secretarias criadas por Agnelo, a exemplo das pastas da Transparência e a revivida Secretaria da Juventude, ainda não estão fechados. Mas as verbas virão de remanejamentos de outras secretarias e órgãos do DF.

No caso das administrações regionais, também vale o peso político e populacional de cada uma. Assim, Taguatinga terá o maior orçamento do DF: serão R$ 25,1 milhões a disposição de Daniel Castro (PSB). A segunda região administrativa mais potente do ponto de vista econômico é Ceilândia, cuja gerência está nas mãos de Aridelson de Almeida (PT).

Ocupando a medalha de bronze no orçamento, Brasília contará com R$ 11,6 milhões em 2011. A capital do País está sob a batuta de Messias de Souza (PCdoB). As cidades de Santa Maria e Recanto das Emas terão, cada uma, aproximadamente R$ 10 milhões em caixa. A primeira está nas mãos de Márcio Gonçalves (PMDB) e a segunda será administrada por Izaudete Carneiro.

Quanto às empresas públicas, a Terracap terá R$ 803 milhões para investir este ano. Por outro lado, a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) vai gerenciar R$ 673 milhões. Já a CEB (considerando todas as unidades da empresa) contará com R$ 339 milhões nos cofres este ano.

(Jornal de Brasília)