Uma solução para as concessões vincendas a partir de 2015 deverá sair já no primeiro trimestre de 2011, de acordo com o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico, Nivalde de Castro. Segundo ele, essa solução é importante para dar o mínimo de segurança para os investidores, que até o momento não sabem como ficarão seus ativos no Brasil nem qual será seu fluxo de caixa.
“O fluxo de caixa é uma garantia para novos investimentos. E esse impasse quanto as concessões pode prejudicar a estabilidade do setor”, disse o professor em entrevista à Agência CanalEnergia. Para ele, a solução a ser dada pelo novo governo será a renovação onerosa das concessões. “A decisão de licitar essas concessões não deverá ser tomada, porque isso seria um processo de privatização praticamente concreto”, avaliou.
Castro disse que não se sabe ainda qual será a percentagem dessa oneração. No entanto, segundo ele, essa percentagem não pode ser muito grande para não impactar negativamente o fluxo de caixa do segmento estatal. “Também não pode ser muito pequena porque o governo pode utilizar essa redução tarifária em prol da modicidade tarifária, para resolver o problema dos consumidores livres e, possivelmente, da assimetria tarifária entre as distribuidoras”, comentou.
(Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia)