O primeiro teste sobre a disposição dapresidente eleita, Dilma Rousseff, de promover o ajuste fiscaldefendido por integrantes do governo e da equipe de transição ocorreránesta semana: a reunião com as centrais sindicais sobre o reajuste dosalário mínimo e das aposentadorias acima do mínimo.

Esses são os dois itens que mais pesamnos gastos do governo, sem contar os juros da dívida pública. O assuntoserá discutido pelos representantes dos trabalhadores, do atual governoe da equipe de transição, que trabalhará no Centro Cultural Banco doBrasil (CCBB).

Se quiser mesmo segurar o crescimentodos gastos, ela terá de conter o ímpeto dos sindicalistas. Para cada R$1 a mais concedido ao mínimo, as despesas do governo com o pagamento debenefícios previdenciários e assistenciais vinculados ao piso nacionalaumentarão em R$ 286,4 milhões, segundo cálculos do Ministério doPlanejamento.

Se fosse implementada a promessa docandidato derrotado do PSDB à Presidência, José Serra, de R$ 600, ogasto adicional seria de R$ 17,7 bilhões. É dinheiro suficiente parapagar 15 meses do Bolsa-Família.

As centrais, porém, têm um argumentoque cala fundo no coração desenvolvimentista de Dilma: foi a políticade dar ganhos reais ao mínimo que impulsionou o consumo nos últimosanos e permitiu ao Brasil escapar dos efeitos mais negativos da criseeconômica de 2008 e 2009.

“A Dilma já disse duas ou três coisasque indicam que a política de valorização do salário mínimo vaicontinuar”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores(CUT), Artur Henrique. “Ela disse que é preciso fortalecer o mercadointerno e reforçou a importância do salário mínimo nesse processo”.

Além disso, a própria presidente eleitajá demarcou as linhas de um eventual aperto. “Recusamos as visões deajustes que recaem sobre os programas sociais, os serviços essenciais àpopulação e os necessários investimentos”, afirmou, após a divulgaçãodo resultado das eleições.

(O Estado de S.Paulo)

O primeiro teste sobre a disposição da presidente eleita, Dilma Rousseff, de promover o ajuste fiscal defendido por integrantes do governo e da equipe de transição ocorrerá nesta semana: a reunião com as centrais sindicais sobre o reajuste do salário mínimo e das aposentadorias acima do mínimo.

Esses são os dois itens que mais pesam nos gastos do governo, sem contar os juros da dívida pública. O assunto será discutido pelos representantes dos trabalhadores, do atual governo e da equipe de transição, que trabalhará no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Se quiser mesmo segurar o crescimento dos gastos, ela terá de conter o ímpeto dos sindicalistas. Para cada R$ 1 a mais concedido ao mínimo, as despesas do governo com o pagamento de benefícios previdenciários e assistenciais vinculados ao piso nacional aumentarão em R$ 286,4 milhões, segundo cálculos do Ministério do Planejamento.

Se fosse implementada a promessa do candidato derrotado do PSDB à Presidência, José Serra, de R$ 600, o gasto adicional seria de R$ 17,7 bilhões. É dinheiro suficiente para pagar 15 meses do Bolsa-Família.

As centrais, porém, têm um argumento que cala fundo no coração desenvolvimentista de Dilma: foi a política de dar ganhos reais ao mínimo que impulsionou o consumo nos últimos anos e permitiu ao Brasil escapar dos efeitos mais negativos da crise econômica de 2008 e 2009.

“A Dilma já disse duas ou três coisas que indicam que a política de valorização do salário mínimo vai continuar”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique. “Ela disse que é preciso fortalecer o mercado interno e reforçou a importância do salário mínimo nesse processo”.

Além disso, a própria presidente eleita já demarcou as linhas de um eventual aperto. “Recusamos as visões de ajustes que recaem sobre os programas sociais, os serviços essenciais à população e os necessários investimentos”, afirmou, após a divulgação do resultado das eleições.

(O Estado de S.Paulo)